O Denarc (Departamento de Narcóticos da Polícia Civil) de São Paulo quer criminalizar a metanfetamina, droga sintética usada no Brasil, conhecida como Ice, Tina, Meth, cocaína de pobre, Speed ou cristal.
A preocupação aumentou depois de apreensão no mês passado em Mato Grosso do Sul, quando pasta base de cocaína foi encontrada junto com 2,5 kg de metanfetamina em um veículo na BR-163.
A metanfetamina é um derivado sintético mais potente da anfetamina. É um comprimido azul, conhecida como cristal, é semelhante ao ecstasy, mas com efeito destruidor, segundo a Polícia.
O ecstasy é um alucinógeno que dura até 8 horas e provoca a liberação de serotonina, estimula a afetividade, sensação seguida de profunda depressão. A metanfetamina age no sistema nervoso central, libera dopamina, causa comportamentos violentos.
Desde março deste ano, já foram sete apreensões, cerca de 10 mil comprimidos recolhidos em fiscalizações.
O porte da metanfetamina não provoca a prisão, apesar do medicamento ser proibido no Brasil.
Já a venda ilegal da metanfetamina, podem levar a até 15 anos de prisão, por que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), regula a metanfetamina como uma substância psicotrópica que pode ser utilizada somente para uso medicamentoso.
O uso contínuo de metanfetamina leva o usuário a desenvolver distúrbios de humor, ansiedade, insônia e agressividade. Há a possibilidade de apresentar problemas de memória, sintomas de psicose e mudanças na função e estrutura cerebral (dano cerebral, caracterizado pela perda da matéria cinzenta e hipertrofia da matéria branca, entre outras). Outras consequências são: perda de peso e complicações odontológicas.
A droga é cara, mas como é bem mais potente que a cocaína, por exemplo, com duração de até 30 horas, acaba sendo mais barata para o usuário.
Elevação da temperatura corporal, aumento da pressão sanguínea, dor torácica, arritmias cardíacas e convulsões podem ser sintomas de overdose pelo uso de metanfetamina, e podem levar o usuário à morte.
Fonte: Campo Grande News