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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Cai a Máscara

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Artigo de R. Ney Magalhães

Sempre fui um apaixonado pelas lides rurais e assim lutei muitos anos, junto com minha mulher, para conseguir comprar meu primeiro pedaço de Terra.
Arrendando terras no Guassuty, nas margens do Rio Amambaí, derrubando matas, ou fazendo erva como empreiteiro e arrendatário, trabalhando duro formamos uma família, e em 1964 conseguimos adquirir nosso espaço à margem direita do Rio que viu meus três filhos crescerem com saúde graças a Deus.

Não fiz nada de mais, alem de cumprir meu destino de brasileiro fronteiriço. Muitos amigos contemporâneos agiram da mesma forma.
Como exemplo, vou citar o Alcindo Pereira nascido em Amambaí e que já partiu, deixando como legado de vida uma família honrada e maravilhosa. Adquiriu terras na Dependência e foi um dos pioneiros da agricultura mecanizada na década de 70.

E o Abílio Furtado de Lima, da região da Laguna, e que também apaixonado pelo Campo, trabalhou nas derrubadas e formação de pastagens, conseguindo depois de adulto adquirir seu sonhado quinhão de terras. Portanto foram solos havidos com o suor e sangue de muitos anos de lutas.

Coincidentemente estes dois contemporâneos foram meus companheiros na organização do Sindicato Rural de Ponta Porã e depois do Sindicato de Amambaí.
O Abílio do alto de seus 83 anos ou mais, ainda participa da Diretoria do S.R. de P.Porã.

Com esta introdução desejo esclarecer que a vida no Campo, ou a dedicação na produção de alimentos é uma profissão inata como tantas outras.
Adquirir terras ou outros BENS depende de Deus e do trabalho e dedicação de cada cidadão.

De uma forma ou de outra, todos os proprietários rurais trabalharam para adquirir seu patrimônio legalmente. Agora, os Políticos Bandidos querem tomá-las.

Isso não impede que os Governos, nestes tempos modernos, promovam Financiamentos com prazos longos e juros compatíveis para que cada interessado possa adquirir um pedaço de Terra para cultivar, se essa for sua aptidão.

Simplesmente doar lotes de Terras, me parece um sistema paternalista e certamente injusto para com todos os demais cidadãos brasileiros que trabalham diuturnamente, pagando seus Impostos.
Doação de lotes pelo INCRA, assentamentos rurais ou outras formas de acomodação de pobres trabalhadores rurais manipulados por forças políticas orientadas com idéias estrangeiras, soam destoantes da realidade brasileira.
Quando um mecânico deseja montar sua Oficina, deve comprar com recursos proprios um terreno e construir uma casa. Ou alocar um local e pagar mensalmente o aluguel.
Quando o Barbeiro quer montar sua Barbearia, deve agir da mesma forma, pagando com seu trabalho as despesas inerentes. Bancos Oficiais, principalmente a Caixa Econômica Federal possui linhas de financiamento a longo prazo.

Porque com o Trabalhador Rural deve ser diferente?

Quem deseja um Lote de Terras poderia adquiri-lo com financiamento adequado e jamais, “nunca” como doação, em detrimento dos demais cidadãos.
Pode-se justificar, alegando que durante muitos anos o sistema fundiário brasileiro era imperialista e o latifúndio prosperou, enquanto os trabalhadores rurais ficaram sem Escolas e sem profissionalização. No entanto, muitos dos verdadeiros chacareiros estão assentados com recursos próprios de seu trabalho, a vida comprova esse fato.

Com as ultimas denuncias envolvendo o INCRA, na compra de milhares de cestas básicas sem destinatários, e a Justiça proibindo a compra de terras por irregularidades, alem da sua distribuição fraudulenta – CAI A MASCARA- da hipocrisia e dos desmandos que tomavam conta do País nesse setor.

A Constituição de 88 criou muitos Direitos e poucas obrigações, o que obriga cada vez mais o aumento de Impostos onerando quem trabalha.
Certamente que os grandes latifúndios improdutivos existiram e foram perniciosos de alguma forma, porem nos últimos trinta ou quarenta anos o sistema fundiário se adequou na realidade produtiva em que vivemos.
A reforma fundiária está acontecendo normalmente com a divizão das terras, por herança ou fracionamento natural.

Invasão de propriedades particulares legais e produtivas foram atos criminosos de vandalismo, mal conduzidos pelos socialistas ou neo-socialistas FHC e Lula.

Vamos aguardar a posição da Presidente Dilma, que no passado foi literalmente “guerrilheira”, defendendo a Democracia.

R. Ney Magalhães é Produtor Rural na ativa aos 76 Anos de idade.

[email protected]

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