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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Trabalhando (menos) e vivendo (mais e melhor) com a técnica do bom humor

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19/07/2011 16h06 – Atualizado em 19/07/2011 16h06

Artigo de Renato Pereira

Não sei se os bem humorados herdarão o Reino dos Céus, mas com certeza vão dominar o planeta Terra. É deles a maior gama de oportunidades do amor explícito aos pendores financeiros. No amor são muito mais cativantes sensíveis e sedutores. Na busca de oportunidades que levam à riqueza, sem a menor dúvida, são os mais cotados. Amam com mais intensidade porque acreditam nas suas emoções e assim transformam as emoções alheias. Quanto aos tratos com o dinheiro, imitam os jogos amorosos: alguém precisa se sentir amado, ou melhor todos precisam, então eis a minha modesta colaboração: use e abuse deste coração solitário.

E isso vale para o produto ou serviço. Quando compramos ou contratamos um serviço, estamos vivendo um grande grau de expectativa útil para com o nosso prazer existencial. Quem trabalha com Bom Humor faz o outro viver com Bom Humor. Pode ser o vestido que vamos usar na festa de sábado ou a fralda geriátrica com que vamos presentear o colega em vias de aposentadoria, que conseguimos comprar. Ambos são atos de comprovação bem humorada.Vale até se enganar de presente e usar a fralda na festa deixando o vovô julgando que inventaram que ele é gay e adoraria um vestidinho peti-pois…

Trabalhar com Bom Humor é, antes de mais nada, produzir alegria no transcorrer do turno de atividade, repassando esta fantástica sensação a todos que nos cercam. No processo Organizacional os bem humorados sempre serão os preferidos na subida do organograma das empresas. Porque fornecem o chamado “gás” que toda atividade profissional necessita para crescer, manter os empregos e dar a seus clientes a certeza que, em caso de reclamação, lá estaremos, prontos e dispostos a reparar o possível erro, com pessoas competentes para tal e sem a sombra da falência, filha dileta e caçula do mau humor.

Comprar bem é querer comprar de novo. Todo cliente que retorna ao local onde foi buscar a ”felicidade” projetada no produto ou serviço, é porque quer repetir a incrível sensação que recebeu ao ser agraciado com o Bom Humor de quem o atendeu. Que, por sua vez, é igualmente gratificado com a sensação do sucesso do seu próprio Bom Humor. Não existe antidepressivo mais elegante do que ser atendido por alguém que nos vende um número maior sem comentar as nossas gordurinhas que ainda não andavam ali pela cintura na compra anterior.

Vivendo com Bom Humor é, principalmente, ser totalmente à prova de conflito. Na vida conjugal quem vive com Bom Humor usufrui o parceiro com muito mais complexidade, avidez e contentamento. Entendo os pontos não desejáveis do outro como um composto do ser humano que jamais é como se imagina e sim como se aceita. O bem humorado não briga, não resmunga, não reclama. Ama.

E, com isso, esvazia completamente a possibilidade de antagonismo ainda que passageiro que paira sobre os que não dominam a arte do Bom Humor. Até nas menores reclamações na vida a dois existe essa ponta indesejável do mau humor que habita o nosso cérebro deixando por conta do livre arbítrio a administração do escanteio do inimigo número um do viver bem: “Deixaram a porta aberta e o gato fugiu”. Este “deixaram” é o sintoma básico do mau humor, colocar no plural a culpa de um só. Evidentemente quando o culpado domina a suprema magia bem humorada, a resposta será o afeto em lugar do conflito: “Não foram. Fui eu, meu amor. Fazer o quê, como eu sou o seu gato e eu tenho rabo, ele é que é o culpado, porque se a porta fecha esmaga o coitado…”

Trabalhando e vivendo com Bom Humor reside na consciência plena que todos nós temos este dom maravilhoso de transformação de pensamentos negativos em ações pró ativas, amorosas e lucrativas. Basta o gerenciamento
contínuo, permanente e inarredável da não aceitação de pensamentos que nos tirem a alegria de viver, que nada mais é do que o prazer de fazer. Nas minhas palestras eu identifico o que já vem preparado bem humoradamente, quando pergunta: “Ainda tem lugar?“. Em contrário ao que veio armado com o que o mau humor tem de pior, a angústia permanentemente de plantão: “….Que horas termina, hein?”

  • Renato Pereira é redator da linha de shows da Rede Globo, tendo se dedicado ao trabalho teatral como one man show, além do exercício do jornalismo crítico de humor. Ele estará em Amambai no dia 18 de agosto na palestra-show realizada pela professora Derli.

Renato Pereira.

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