26/07/2011 08h11 – Atualizado em 26/07/2011 08h11
- Artigo de Ney Magalhães
No verão passado assistimos a derrubada e erradicação da arborização de flamboyants e sibipirunas que ornavam e vestiam de verde as calçadas e o carcomido e obsoleto prédio da Prefeitura Municipal de Amambaí.
As arvores ornamentais que praticamente resguardavam o ultrapassado prédio do Paço, tradicionalmente abrigavam pássaros e amenizavam com suas sombras o causticante calor enfrentado pelos usuários pagantes de Impostos.
O Prédio está desnudo e menos humano, sem a vestimenta usada por muitas décadas.
Por muitos meses aguardava-se em silencio a reposição e replantio de novas árvores, talvez de variedades com sombras mais frondosas. Passou a estação propicia para o replantio e chegou o inverno. Vamos aguardar a Primavera.
Fatos aleatórios como esse, demonstram o desinteresse dos governantes municipais na preservação do verde e da natureza.
Horto Florestal Municipal com distribuição de Mudas de essências florestais ou frutíferas, uma pratica saudável e muito usada anteriormente na maioria dos Municípios, agora não existe mais. Meio Ambiente tornou-se um termo apenas demagógico.
Felizmente os proprietários e produtores rurais vêm cumprindo a sua obrigação de preservar vinte por cento de suas áreas, mantendo com recursos próprios a vegetação nativa original e protegendo as coberturas ciliares dos córregos e cabeceiras.
Na observância da Lei, a zona rural continua produzindo o oxigênio puro para a continuidade da vida, daqueles que habitam os poluídos centros urbanos.
E quem recebe os dividendos do ICM Ecológico são os Governos Municipais.
Na zona urbana das cidades a situação é diferente, e é comum ver-se por aqui mesmo, e na maioria das cidades vizinhas, casas ou casebres desrespeitando a legislação ambiental, construídos permissivamente quase que pendurados nas barrancas dos cursos d´água.
Caminhões Limpa-Fossa também podem ser vistos jogando dejetos de esgotos caseiros no córrego que fica no prolongamento da Rua que passa pela Agesul e que dá acesso à MS 285.
Um crime hediondo e abominável.
Um pouco mais adiante, logo depois da Pista de Motocross está também acontecendo um fato inusitado.
A Rodovia Estadual MS 285 está sendo literalmente escavada na área de domínio do Estado para a retirada de terra certamente destinada a algum aterramento urbano.
Pás Carregadeiras e inúmeros caminhões caçamba trabalham diariamente naquele trecho, sem nenhuma fiscalização aparente de algum Orgão Ambiental.
Os usuários daquela abandonada e esburacada rodovia de produção assistem a escavação de imensas crateras que estão colocando em risco a vida dos motoristas.
A extração de terras atinge e não respeita nem o limite mínimo obrigatório e desejado para um simples acostamento.
Sem escrúpulos e desafiando a paciência dos pagadores de Fundersul “alguém” passa a patrola e aplaina aquele pedaço da MS 285 até à entrada da cidade, facilitando o transito dos transportadores daquele aterro. As Empreiteiras devem estar agradecidas.
Algum tempo atraz a Comissão de Estradas do Sindicato Rural fez vistorias no local e em contato com o Órgão Estadual responsável recebeu e informação de que iriam tomar providencias. Pelo que se observa até agora nada aconteceu.
Embora o DNIT esteja hoje na berlinda dos Noticiários, o seu congênere estadual continua tranqüilo e sem ações pelo menos visíveis em nossa Região.
- Ney Magalhães é produtor rural em Amambai
Contato: [email protected]