07/09/2011 11h17 – Atualizado em 07/09/2011 11h17
Por Ney Magalhães
Amambaí vive e respira o agro negócio, é tempo de Exposição Agropecuária.
Por todo este Sul Fronteira do MS o ritmo da vida e da economia como um todo é partícipe desse importante segmento produtor de alimentos e de divisas que contribue com o equilíbrio da Balança Comercial do Brasil.
E aqui no MS não é diferente. Todas as riquezas são geradas da terra, a partir do trabalho honroso dos cidadãos que labutam nesse mister.
Por toda a margem direita do Rio Amambay, desde suas cabeceiras na fronteira com o Paraguay este imenso Vale que se estende até as barrancas do Rio Paraná, nos primeiros passos da Colonização era conhecido como Patrimônio da União, o que sugeria que as Terras pertenciam ao Governo Federal. E assim permaneceu por muitos anos sendo exploradas apenas pela Concessionária dos Ervais a Companhia Mate Larangeira (com G mesmo) conforme sempre ensina meu amigo Luizito Mendes Prates, um dos atuais Diretores da atual Larangeira Mendes e sucessor de Francisco Mendes Gonçalves, que juntamente com o catarinense Thomaz Larangeira iniciou a colonização regional.
Valentes gaúchos peleadores que haviam lutado na Guerra da Tríplice Aliança levaram para o Sul a imagem destas coxilhas irmãs gêmeas dos pampas, e assim muitos retornaram com seus amigos e parentes tomando posse e criando este novo Sul Maravilha.
Criando gado, produzindo agricultura de subsistência e mais tarde explorando a erva-mate nativa fundaram as Cooperativas de Mate, exportando o produto diretamente para a Argentina, Motivados pelo Presidente/Ditador também gaúcho, Getulio Dornelles Vargas, fundador do Estado Novo e incentivador do Cooperativismo se instalou o fabuloso tempo do Ouro Verde.
Esta Era áurea aconteceu entre 1940 e 1964.
Fomos então vitimas da monocultura.
Vivemos dias difíceis com a derrocada do comercio ervateiro, mas a partir dessa época o Governo Federal através do Banco do Brasil criou linhas de credito com incentivos para a modernização da pecuária, aperfeiçoando também as atividades agrícolas.
Foi a vez da agropecuária salvar a economia regional.
Aconteceu a partir de 1969/70 a Segunda Invasão Gaúcha quando se iniciou a agricultura mecanizada e tecnificada.
E aqui presto minhas homenagens aos primeiros colonos dessa atividade, para os quais tive o prazer de elaborar os Projetos de Financiamentos da Carteira Agrícola do Banco do Brasil Agencia de Ponta Porã.
Citando meus amigos João Arthur Whais e Waldi Braucks cumprimento também ao conterrâneo o produtor rural Propicio Moreira de Brum um dos primeiros nativos a diversificar suas atividades agropastoris, contribuindo para o surgimento do Novo Amambaí.
Aos descendentes dos saudosos Erny Agostini e Ildon Rhode, também pioneiros dessa segunda colonização e que prematuramente nos deixaram apresento minhas homenagens.
Esclareço que a Agencia do B.B, em Amambaí foi criada em 1970 motivada justamente pela chegada dos novos colonizadores.
Anteriormente, em 1959/60 como Fiscal/Avaliador elaborando planos para financiamentos do Banco do Brasil na Limpeza de Ervais, Roçada e Derrubada de Matas para formação de Pastagens, Aquisição de Matrizes/Vacas e retenção de crias, conheci e convivi com tradicionais e respeitáveis Amambaienses, como os criadores e ou invernistas Lourival Vargas, Ataliba Baptista, Chicão Tavares/Nunes da Silva, Ernesto Vargas Baptista, Astolfo Amaral, Floriano Vieira Soares e com os ervateiros, irmãos Hury, Aloísio, Moacyr e Ciro Belmonte de Sousa, Alcindo Franco Machado, Eron de Brum, Otacílio Belmonte, Rosalino Rodrigues entre outros tantos que ajudaram a construir o Amambaí Rural.
Vivemos outros tempos é verdade, mas as primeiras riquezas continuam sempre nascendo da Terra como é a vocação natural regional.
E hoje, o Banco do Brasil com políticas mais modernas e de mãos dadas com as grandes Cooperativas de Produção e Comercialização que aqui se instalaram, notadamente a COAMO um dos maiores complexos agroindustriais do País, e que estabeleceu sua Base Estadual em Amambaí continua como o baluarte de sustentação econômica desse progresso.
“Acredito que a visão empresarial do Presidente dessa Organização, Engenheiro Agrônomo Aroldo Gallassini confrontando os números do sucesso alcançado no MS comece a planejar metas mais ousadas para Amambaí, como a extensão do beneficiamento de Grãos ou outras atividades que possam aqui, agregar valores aos produtos primários deste Sul do MS.”
Assim, a Expobai nesta 23ª Edição de Setembro, ao comemorar a data magna da Independência também apresenta a Vitrine real do excelente rebanho Bovino do MS e a mais moderna tecnologia das Maquinas e Equipamentos desenvolvidas pela Indústria Brasileira. E o Amambaí Rural segue seu promissor destino.
Produtor Rural em Amambaí.
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