22/12/2011 16h35 – Atualizado em 22/12/2011 16h35
Fonte: Ney Magalhães
Ponta Porã 100 Anos – Dourados 76 – Amambaí 63, são cidades que se confundem e se completam por sua historia e pelos homens e mulheres Pioneiras, com caráter probo e amantes da Terra conquistada em árduas e sangrentas batalhas, e que labutavam pelo bem comum e pelo desenvolvimento regional.
Homens com estatura moral e que demarcaram e consolidaram as fronteiras, emancipando Ponta Porã em 1912, e assim agora, “UM SÉCULO NOS CONTEMPLA”.
Dourados comemora HOJE seus 76 Anos. Os primeiros passos de Dourados foram amparados por aqueles mesmos homens fortes e éticos que confirmando as divisas pós guerra, expandiram o domínio e o progresso, ultrapassando os brejos do Aquidaban, os atoleiros do “choro baixo” da Santa Virginia, ou transpondo as cabeceiras do Rio Apa, as vertentes do Rio dos Dourados, (sem esquecer que o Corrego Guabiroba permitia passagem sem ponte, e quando era tempo de chuvaradas as carretas também despontavam sua nascente próxima do Copo Sujo) empunhando o mastro da Bandeira Brasileira que desde o Rio Grande do Sul protegia e abençoava os Pioneiros e suas famílias.
Assim, em Dezembro de 1935 emancipou-se Dourados aos sons dos Clarins do 11º. Regimento de Cavalaria. Com o toque da alvorada do dia 25 de agosto daquele ano eu também vim ao mundo, e agora, comemoro junto com Dourados os mesmos 76 anos.
Nesses tempos tive a felicidade de acompanhar o surgimento das Colônias Agrícolas criadas pelo estadista gaúcho Presidente Getulio Dornelles Vargas, que reconhecendo e respeitando a Constituição e as propriedades já demarcadas, instalou a Nova Dourados de todos os Brasileiros. As Terras devolutas pertencentes ao Governo Federal foram distribuídas a colonos nordestinos, paulistas, mineiros e para os demais brasileiros trabalhadores do Campo. Um modelo de Reforma Agrária exemplar do século passado, para os atuais Governantes. Este Ato de Getulio Vargas fez de Dourados a Terra de Todos os Povos, slogan utilizando em demagógica expressão de certos políticos.
Anos depois, na década de setenta, bem de perto tive o prazer de participar da terceira faze desenvolvimentista que foi o PRODEGRAN- PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DA GRANDE DOURADOS.
O Presidente Ernesto Geisel ao assistir a partir de 1970 a Segunda Colonização Gaúcha do Sul de Mato Grosso ainda Uno, iniciou aquele Projeto da SUDECO–Superintendencia de Desenvolvimento do Centro Oeste, construindo o asfalto do Entroncamento-Nova Alvorada, até Dourados e Ponta Porã. Viabilizando a Rede de Energia Elétrica de Urubupungá, construindo os Silos e Armazéns da CIBRAZEM, permitindo a fixação do atual agronegócio que e instrumentalizou condições para a criação do Mato Grosso do Sul em 1978.
Após essas três fazes distintas que marcaram o desenvolvimento de Dourados a Cidade assumiu a função de Capital da Grande Dourados e de toda a fronteira sul, em Medicina/Saúde, Educação Universitária, Política Representativa e no Comércio de Insumos do agronegócio.
Recentemente atacada pelo “vírus uragano” diagnosticado como corrupção, que assola o País, pela força e indignação de seu povo, com apoio da mídia local foi restabelecida a normalidade com a atuação de um jornalista, da PF, do Ministério Publico, e posterior participação da Justiça e de uma vereadora crioula/nativa de Ponta Porã. E os eleitores humildemente reconhecendo um erro do passado elegeram o atual Prefeito em uma coligação nunca jamais imaginada, unindo o PFL e o PT para o bem de todos.
E a historia vai continuar, com Dourados – Futura Capital de um futuro Novo Estado.
Produtor Rural -76 Anos. [email protected]