26/07/2012 08h00 – Atualizado em 26/07/2012 08h00
Artigo de José Victor Bampi
É inerente ao ser humano buscar o controle do progresso por imposição de limites. Democraticamente, se convém idades fixas para delimitarmos passagens da vida, em partes, baseadas em nosso nível intelectual, nossa bagagem de conhecimento adquirido e nosso amadurecimento ao longo dos anos.
Contudo, ao ponderarmos sobre tais questões, devemos ter cautela. A pluralidade de pensamentos a que estamos submetidos é impressionante. O mesmo pode ser evidenciado a respeito de aptidões e capacidades quando analisamos estudantes pertencentes a um mesmo grupo e seus diferentes avanços e facilidades durante a vida escolar.
Não seriamos, portanto, em demasia pedantes ao tentarmos nivelar seu progresso? Cada qual evolui, gradualmente, a sua própria potência, impossibilitando-nos a imposição de limites. Uma tentativa no sentido de acelerar indivíduos considerados ‘’atrasados’’ pode gerar prejuízos e dificuldades para o ‘’atrasado’’. O contrário também é verdadeiro; aquele que tem uma capacidade superior que a media pode acabar sendo reprimido e limitado com tais imposições.
A decisão principal a qual me refiro é a escolha da carreira profissional (mas posso me referir a qualquer outra escolha de grande importância) e, por consequência, os conhecimentos e provas requeridas para tal. Isso deve ser ponderado ao se atingir um alto nível de maturidade e consciência; e como comentei, esses níveis não se distribuem uniformemente em uma população.
Diante disso, delimitar uma idade ótima para a tomada de decisões se torna inviável. Não tratemos aqueles que tendem a amadurecer mais tardiamente como se lhes faltasse inteligência. Na realidade, o essencial é o tempo.
José Victor Bortolotto Bampi, é estudante da 3º série do Ensino Médio da Escola Estadual Dom Aquino Corrêa.