22/05/2013 14h18 – Atualizado em 22/05/2013 14h18
R. Ney Magalhães
Enxurradas Estaduais. – Melancolicamente vai se findando o Mandato de mais um Governo que nada realizou em melhorias no setor viário rural. Este termo “enxurradas” já foi usado tempos atrás para classificar o péssimo estado das rodovias estaduais e municipais de nosso Município, e agora passadas mais algumas safras de produção agrícola e pecuária reitero essa afirmação.
Voltando no tempo, a sociedade e principalmente os produtores rurais podem até sentir saudades do governo sonolento e quase parado de Wilson Barbosa quando, no entanto ainda existia e funcionava um DERSUL – Departamento de Estradas de Rodagem, com Engenheiros Residentes e operosos na Unidade de Amambai.
Veio o Governo Zeca do PT criando o oneroso FUNDERSUL – Imposto sobre a Circulação de Grãos e de Gado, únicas fontes de renda regional.
Incoerentemente extinguiu o DERSUL e criou uma AGÊNCIA como pura queima de Arquivos. Enquanto isso a Assembléia Legislativa se acomodava e dava quorum de obediência ao Executivo, que eleito com apenas dois Deputados aliados, imediatamente não se sabe como, alcançou os dois terços necessários e suficientes para aprovar suas proposições e atos. Foram oito anos com rodovias deficitárias, porem ainda toleráveis em emergências.
E agora ultrapassados mais de seis anos do mandato de Andrea Pucinelli as estradas estaduais estão completamente sucateadas e perigosamente utilizadas.
Na primeira semana de seu governo foi decretada a falência do setor rodoviário
em Amambaí com o Prédio do finado DERSUL esvaziado e o afastamento dos funcionários qualificados que exerciam as funções de operadores em máquinas reparadoras das Estradas de Rodagens de terra, as já obsoletas vias de transporte para escoamento da produção.
Sem transparência administrativa não existem Mapas Rodoviários ao alcance da população usuária, e nem mesmo nenhuma Placa informativa é encontrada nesses caminhos abandonados. Comenta-se na cidade que a manutenção das rodovias foi terceirizada e que as máquinas disponíveis foram repassadas aos novos empreiteiros.
O caos agora é total.
O fato é que o tão solicitado Prédio construído na implantação do MS e inaugurado pelo Governo Estadual em 1980 abrigou uma Residência Regional de Estradas valorizando e servindo toda esta vasta região em desenvolvimento. Agora é um Elefante Branco.
Convém anotar-se que, naquele mesmo tempo foram instaladas aqui em Amambai as Regionais de Educação e de Receita Fazendária.
Hoje, a Educação está desprestigiada, com as professoras e professores desvalorizados em sua nobre missão, com salários na maioria das vezes inferiores a DEZ POR CENTO dos proventos de um pouco produtivo deputado estadual.
Quanto ao prédio da Receita Fazendária que também já teve o “status” de Regional, no centro da cidade todos podem observar que está em ruínas. Apesar disso continua arrecadando nossos Impostos que são canalizados para Campo Grande.
Hoje, ao tomar conhecimento da proposição acatada pela Câmara Municipal por indicação do Vereador Jaime Bambil sobre os melhoramentos e conservação da Rodovia MS 485 devemos nos solidarizar afirmando que essa estrada atualmente canaliza o maior volume de arrecadação e benefícios para a cidade.
Passando pelo Clube de Laço, Associações Esportivas, Cemitério em construção, Estação da Radio Jornal de Amambaí, Centro de Recepção de Embalagens de Defensivo Agrícolas, Pista Esportiva de Motocross, Posto Fiscal do IAGRO e com a Escola Agrícola naquela rota a prioridade solicitada pela Câmara fica comprovada.
Com trecho municipal aproximado de 25 quilômetros até a divisa do Município, essa estrada com ramal da MS 486 é um mar de soja com ilhas de pecuária altamente produtivas, a área de maior arrecadação concentrada de rendas municipais, canalizando ainda a produção da zona da mata das ricas terras do Guassuty.
- Produtor Rural de Amambaí.
