11/06/2013 15h37 – Atualizado em 11/06/2013 15h37
“Quase todos temos sangue índio correndo nas veias”
Por Claudio Arantes
Bom, considerando a minha origem Guaraní, deveria apoiar mais aos índios do que aos fazendeiros, mas não consigo aprovar nenhum tipo de injustiça, especialmente quando defendidas passionalmente e não racionalmente, o índio é sim vítima, sem dúvida, mas não é o produtor rural o seu algoz, este índio articulado na linha de frente de uma batalha campal é um mero instrumento usado por instituições/organismos com interesses escusos, poucos sabem quem são e o que realmente desejam estes organismos. A quem interessa a desordem e o caos? Quem pode se beneficiar das incertezas políticas, sociais e possíveis quebras na produção de alimentos/comodities pelo agronegócio brasileiro? E o produtor rural, é mesmo o vilão malvado que expulsou os desprotegidos peles vermelhas de suas terras? Sabemos as respostas para essas perguntas… houve um tempo, não muito distante, em que o produtor rural era aliado e o maior empregador da população indígena que prefere o trabalho como sua fonte de renda, aquele sujeito (branco ou índio) que vende sua alma por um benefício (?) social (cota/bolsa/cesta básica/esmola) abre mão do direito de crescimento, prostra-se diante da mão que o alimenta e por fim, definha. Ademais, ninguém quer confusão com vizinho, ainda mais se esse vizinho é facilmente manipulável ou doutrinado, atendendo à ofertas e promessas impossíveis de serem cumpridas, feitas por manipuladores irresponsáveis, já passou da hora do cidadão brasileiro indígena parar de aceitar espelhinhos e tomar posse de sua cidadania, independente de etnia, afinal quase todos nós, até mesmo entre os fazendeiros, temos sangue índio correndo nas veias, ser cidadão brasileiro é lutar por igualdade e direitos, mas é também se sujeitar aos deveres, afinal de contas o índio tem até alguns atenuantes e mais órgãos atuando em sua defesa. O índio verdadeiro tem antes de tudo caráter e não quer derramar nem seu sangue nem o de outros em briga por terras. O Governo faz vista grossa, deixa que as partes se destruam, pois vai sobrar menos gente para atender e contentar. Recursos existem de sobra pra resolver essa guerra desnecessária onde todos perdemos, está faltando é decência e boa vontade por parte dos poderes constituídos, principalmente do poder executivo federal.
Os nefastos e irresponsáveis fomentadores de conflitos que pintam os incautos para a guerra, inflamam seu ânimo e os lançam na arena para degladiarem-se contra as forças policiais que são obrigados de ofício a cumprirem determinação judicial, deveriam ser responsabilizados e destes cobrados o sangue e prejuízo moral/financeiro de ambos os lados. Pobres pais de família, na maioria policiais militares de baixa patente, tomam tiros, pedradas e flechadas para defender o direito que não é seu e ainda sempre sobram, além dos ferimentos, as broncas e a difamação daqueles causadores do conflito, que normalmente assistem de longe e os chamam de paus mandados e/ou truculentos.
Confisco: Uma das palavras mais desagradáveis do vernáculo, se o cidadão tem uma arma irregular ela será apreendida e o proprietário processado por posse ilegal, mas se foi legalmente adquirida e o governo decidir, pode confiscá-la. Se o cidadão invade um terreno ele será despejado, porém se adquiriu este terreno de forma legal e pagou por ele e o governo decidir, pode confiscá-lo. Ou seja, só o cidadão de bem está sujeito a esta ação que desrespeita a Constituição Federal e o direito de propriedade. É a atitude inicial de governos antidemocráticos ou ditaduras.