20/06/2013 09h47 – Atualizado em 20/06/2013 09h47
Fonte: Estadão
Rio – A atual campeã mundial contra o campeão da Oceania. O abismo que separa o futebol de Espanha e Taiti é imensurável, o que promete fazer do duelo desta quinta-feira (20) no Maracanã um dos maiores massacres da história da Copa das Confederações.
Os espanhóis vão atuar com sua segunda força, mesmo assim o torcedor verá em campo jogadores como Víctor Valdés, Sérgio Ramos, David Silva e Juan Mata. Do outro lado, uma equipe formada por eletricistas, entregadores, catadores de coco e desempregados. É impossível imaginar algo que não um verdadeiro baile.
Como ninguém ganha de véspera, o discurso dos espanhóis foi o de muito respeito ao adversário e que será preciso jogar com seriedade e concentração os 90 minutos. Exatamente o que pode ser o problema para o time da Polinésia Francesa.
“Jamais vou pedir isso a meus jogadores (para aliviar). Primeiro temos que pensar em vencer e quanto mais gols fizermos melhor. Isso é a verdadeira demonstração de respeito”, disse o técnico da Fúria, Vicente Del Bosque. Se confirmar o discurso, quem for ao Maracanã verá um jogo desigual, sem a emoção de um duelo disputado e brigado. Em compensação, testemunhará um festival de gols sem precedentes.
“A maior expressão de respeito ao rival e ao seu futebol é jogar direito e tentar fazer gols. Eles vão tentar evitá-los e fazer os seus. Se trata de uma seleção pouco conhecida e isso inspira muito respeito em nós”, comentou Iniesta, ecoando as palavras de seu treinador.
O meia, coração e mente dos campeões mundiais, promete que o público não verá um time desatento, desinteressado ou se poupando para a partida contra a Nigéria. Iniesta garante que a seleção espanhola vai encarar o confronto com a seriedade habitual e tentar retribuir a grande expectativa em torno de uma exibição para a história.
“Vivemos uma fase muito boa, não apenas pelos títulos, mas pelo nosso estilo de jogo, que é o que fica na memória de todos. Receber elogios de um país que ganhou tudo, sempre teve os melhores jogadores do mundo, é muito significativo. Esperamos corresponder”, disse craque.
Del Bosque vai escalar vários reservas. Uma alteração que adiantou será a entrada de Victor Valdés, goleiro do Barcelona, em lugar do titular Casillas, do Real Madrid.
“Não existe essa distinção entre titulares e reservas na seleção. Ninguém vê nomes por aqui”, reforçou Iniesta.
Há uma motivação a mais para os espanhóis. A seleção do país não joga no Maracanã desde 1950, quando foi despachada da Copa do Mundo pelo Brasil pelo placar de 6 a 1. A Espanha tem agora a chance de deixar o mítico estádio com uma ampla vantagem a seu favor.
“Todos nós conhecemos bem a história do Maracanã. A maior parte dos jogadores nunca jogou aqui. Vamos aproveitar essa oportunidade de jogar em um estádio histórico”, comentou o zagueiro Raul Albiol.