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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Banalização dos Crimes

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04/11/2013 14h53 – Atualizado em 04/11/2013 14h53

Por Ramão Ney Magalhães

Atos e ações do Governo Federal deixando de reprimir crimes, ou a omissão em puni-los, banalizou também a Invasão de Propriedades rurais particulares.

O Direito de Propriedade não é mais respeitado e a Democracia está sucumbindo.
Poucos anos atrás quando Igrejas, ONGs e os shiitas do governo instigavam os sem terra, sem teto ou os índios, para que invadissem as propriedades particulares. Ainda ouviam-se vozes conciliatórias da OAB, da Assomasul e outras Associações classistas.
Reuniões de Prefeitos e Audiências Públicas nas Câmaras Municipais eram realizadas em defesa dos invadidos, da democracia, do direito a vida e também das Rendas Municipais.

Aconteceu então o julgamento dos réus do mensalão.

E como se fosse uma partida de futebol do interior, o Time dos donos da casa, não satisfeitos com o resultado, substituíram o Juiz e o tempo de jogo foi prorrogado.

Na opinião pública, e até nos papos de botequim só se fala em impunidade.

O Poder Uno da Republica que protegeu aqueles congressistas do mensalão, conseguiu desmantelar também o Judiciário, permanecendo absoluto.

O povo atento foi para as Ruas, protestou falando em preços e mobilidade urbana, mas a bandeira maior certamente era o combate à corrupção, com conseqüências danosas nas áreas de Educação, Saúde e Segurança principalmente. O Governo não está governando.

Forças Ocultas, diria o sul-mato-grossense Janio Quadros, mudaram o rumo das manifestações e agora os “revoltados revoltosos” são todos chamados de baderneiros.

Num passado não muito distante, a minha geração já assistiu esse Filme, quando por discordar da política então vigente, baderneiros ou guerrilheiros, subversivos ou patriotas de outras épocas, hoje no mais alto escalão do atual governo, diziam estar agindo em nome da Democracia. Assaltaram Bancos, seqüestraram Embaixadores.

O principio básico da Democracia é respeitar o Direito de Propriedade.

Trabalhadores rurais brasileiros que residem nas propriedades em áreas de conflitos fundiários indígenas estão alarmados, sendo expulsos de suas casas temem pela vida, e integridade física de suas famílias.

Os empresários deixam de produzir e vêm seu patrimônio construído por toda uma vida de trabalho sendo assaltado e ocupado por terceiros sem que nenhuma defesa possa ser efetivada.

Dentro da Lei, cumprindo preceitos constitucionais, agora, somente as Entidades Classistas Rurais nos limites do seu dever prestam o apoio logístico possível aos seus confederados.

O Homem do Campo, que criou e construiu este Estado Rural, que gerou empregos e renda, produzindo alimentos para o dia a dia de todos os cidadãos sul-mato-grossenses está hoje sendo injustiçado.

O dinheiro dos impostos brasileiros foi suficiente para ceder duas Refinarias à Bolívia, transladar bilhões para as Empresas de Eike Batista, Cuba, Haiti, Hugo Chaves. Mas o SUS e a saúde estão sem credibilidade. Professoras/es desprestigiados e a Segurança um caos total.

O Brasil com seus 39 Ministérios está desgovernado. Falta mais um para que Ali Babá seja devidamente homenageado.

A tensão social dos últimos meses, com as manifestações populares exigindo o fim da corrupção, do descaso, do desgoverno, como que em Ato de vingança, deixa os grandes centros em chamas.

A tensão no Interior, programada por grupos religiosos, ONGs estrangeiras e organismos do próprio governo acirraram os pacatos e calmos índios da região da Bodoquena, de Corumbá e do extremo sul do MS a invadirem propriedades particulares, expulsando as famílias dos trabalhadores. Vingando-se também das promessas enganosas.

É iminente o confronto mortal entre índios e não índios, e a responsabilidade dessa barbárie é exclusivamente da falta de decisão governamental.

O Congresso Nacional tem o dever de assumir a responsabilidade da volta imediata da

Nação ao Estado de Direito Democrático. A história vai cobrar.

  • O autor é Produtor Rural em Amambaí – 78 anos.

Ramão Ney Magalhães

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