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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Previsão de um Natal sangrento

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16/11/2013 19h00 – Atualizado em 16/11/2013 19h00

Por R. Ney Magalhães

Neste Natal de 2013 completam-se onze anos do Governo Federal presidido pelo PT, que oportunamente cede carona de vice ao PMDB, tendo como coadjuvantes alguns partidos menores, também aproveitadores do Poder. Com as Bancadas aliadas, o Executivo aprova e desaprova os destinos do País. Portanto, tudo de bom ou de ruim que está acontecendo é de responsabilidade desse conjunto.

O atual PMDB-MS com incoerência ideológica e política, a nível nacional apóia e dá sustentação ao governo do PT e aqui no MS pratica oposição a esse mesmo conchavo fazendo jus ao nome, Partido do Movimento, comprovando que não é ainda uma Sociedade ideologicamente consolidada e real. Vergonhosamente seus Membros dão sustentação no Congresso para um Executivo que é omisso na Questão Humana, Democrática e Fundiária Estadual, onde os índios são oprimidos pela falta de condições dignas de sobrevivência e os proprietários rurais desrespeitados nos seus direitos democráticos. Um desgoverno sob a responsabilidade principal do PT e do PMDB.

Seres humanos, índios e não índios estão correndo iminentes riscos de morte, famílias de proprietários e funcionários abandonam seus lares e sua produção, milhares de hectares de terras estão sem produzir e um clima de guerra foi implantado na zona rural do MS.

Infelizmente, ao longo dos anos já aconteceram muitas mortes motivadas por essa omissão dos Governantes.

Por ataques com armas indígenas, um chacareiro foi torturado e morto em Douradina, policiais foram assassinados em uma aldeia de Dourados, um líder indígena desaparecido na região da Tagí dizem que foi assassinado por Seguranças de uma propriedade, um professor também indígena desapareceu nas águas de um Rio no cone sul do Estado, o corpo de um índio foi encontrado morto próximo a uma fazenda cujo proprietário passou a sofrer “builling” emocional e com ameaças também acabou morrendo. Tudo isso teve inicio muitos anos atrás, no município de Antonio João, quando um cidadão produtor rural e inofensivo foi apontado como mandante da morte do indígena Marçal de Sousa e apesar de ser inocentado em dois Júris Populares desrespeitados pela opinião particular de membros da Igreja Católica e de ONGs estrangeiras, massacrado por essa situação acabou seus dias em uma cadeira de rodas. E como é de praxe, este governo que nada tem de socialista humanitário, transformou a questão em uma simples disputa por Terras como um bem material. Um extenso relatório de mortes tanto de índios como de não índios poderia aqui ser discriminado e debitado na conta da omissão do Governo Federal. Senhores políticos, “prevaricar” é Crime previsto em Lei.

Imagine-se um comerciante, cidadão urbano, assistindo a invasão de sua Loja por duzentas ou trezentas pessoas que em grupos saqueiam e queimam suas mercadorias, expulsam seus funcionários e simplesmente acampem nas calçadas, afirmando que aquele imóvel lhes pertence, ou pertenceu a seus antepassados, em tempos remotos. Nesse caso, a opinião publica derrubaria o Governo… Senhor cidadão urbano, dê Graças a Deus pelo seu comercio e suas atividades estarem na cidade, e sua família e a de seus empregados residirem em outros locais. Na Zona Rural todos moram na mesma propriedade e assim as crianças e demais familiares assistem esses ataques ao vivo, e com desespero não tem para quem apelar. O medo e o ódio ficam marcados em seus corações.

A Igreja católica pela CNBB e CIMI, o governo pela FUNAI e por declarações enganosas de outros membros há muito tempo vem difundindo Direitos Iguais sem se importar com a Constituição e com os Deveres e Responsabilidades de cada cidadão. Mortes anunciadas já aconteceram e estão acontecendo. Enquanto isso, a eminência parda do Poder, ex-presidente Lula, vem ao Estado e afirma simplistamente que em seus oito anos de Governo nada pôde fazer por culpa da burocracia. Collor foi deposto por prevaricação.

Senhores Políticos do PT e do PMDB, congressistas que dão sustentação ao Executivo, muitas famílias de índios e não índios já estão com o coração sangrando nesta véspera do Natal.

O autor é Produtor Rural em Amambai – MS / E-mail: [email protected]

Ney Magalhães, produtor rural em Amambai, autor do livro Um Século de Histórias e articulista do jornal eletrônico Amambai Notícias.

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