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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Leilão da resistência

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11/12/2013 13h14 – Atualizado em 11/12/2013 13h14

Por: Ramão Ney Magalhães

As Terras do Interior do País e principalmente das fronteiras agrestes, pós guerra, ninguém queria ocupar ou povoar. A preferência dos amigos do Rei e depois dos coronéis donos do poder era pelo Litoral e suas proximidades.
Premidos pelas circunstâncias das revoluções internas e necessidade de áreas para o sustento de suas famílias, nossos avós rio-grandenses colonizadores, incentivados pelo Governo Federal aqui chegaram para consolidar as Fronteiras conquistadas.

A margem direita do Rio Amambay desde as suas nascentes, cujo imenso território também demarcado pelo Rio Paraná e pelas novas e recentes Linhas fronteiriças, foram áreas entregues pelo Governo do País invasor e causador dos conflitos, como pagamento e ressarcimento das despesas da Guerra, recebendo essa região a denominação de Patrimônio da União. Inicialmente fazendo parte do Município de Nioaque, depois de Bela Vista e posteriormente em 1912 do novo município de Ponta Porã, finalmente em 1948 foi emancipado como Município de Amambaí.

A região do Grande Amambaí hoje é desmembrada em diversos municípios desde Coronel Sapucaia até Mundo Novo.
As agruras dos pioneiros e seus descendentes, que patrioticamente confirmaram este botim de guerra como território brasileiro, agora estão sendo desprezados pelos atuais Governantes.

Os Tratados realizados entre os Governos dos Países da Tríplice Aliança com o Paraguai legalizaram como brasileiras as terras deste Sul Fronteira do atual MS. Vieram as Constituições e os Colonizadores dentro da Lei adquiriram e com muitos sacrifícios pagaram seus “requerimentos” ao Governo.
Tentando expropriar as terras agora propriedades particulares, em favor dos antigos invasores, o Governo do PT e seus aliados, ardilosamente estão expulsando de suas casas os atuais proprietários e produtores rurais.
O dialogo sempre procurado pelas Entidades Representativas da Classe Rural não recebe a devida atenção dos atuais governantes.

As famílias residentes nessas áreas rurais vivem alarmadas, aguardando o próximo ataque de invasores. A imprensa divulga um numero de oitenta propriedades rurais invadidas no MS, com casas e tratores queimados, abate de animais e fechamento de estradas. Aqui pelo Sul, nossos parceiros e amigos “guaranis”, sem saúde, sem educação, sem formação de mão de obra, sem perspectiva de futuro e insuflados por movimentos políticos ideologicamente contrários à democracia, estão começando a acreditar que maiores áreas de terras resolvam todos os seus problemas.
O clima é de guerra e a “segurança zero” é a triste constatação dos cidadãos rurais e de suas famílias. Trabalhadores e suas crianças vivem alarmados.

Com a esperança e fé na Justiça, os homens do Campo através da Famasul e Acrissul, em busca de recursos financeiros realizaram no ultimo sábado, o Leilão da resistência para que dentro da Lei possam contratar advogados e defender o direito de suas propriedades.

Patrioticamente participei do Evento e com satisfação comprovei a vontade e o trabalho dos líderes das Entidades de Classe que defendem os produtores de alimentos e o agronegócio, base da economia estadual, e constatei o espírito solidário de produtores dos diferentes quadrantes do MS.
Por outro lado, a presença e os discursos de alguns políticos de outros Estados e do nosso também, que com falácias pontuais me deixaram ainda mais desiludido com nossa representação no Congresso Nacional. A maioria deles pertence a Partidos aliados do Governo, e sendo assim, pouco podemos esperar.

A ausência dos segmentos urbanos da sociedade também me preocupou, pois não ouvi nem foi citada a presença de Entidades dos setores Comercial, Industrial ou Cooperativista, quando o Agro é a grande cadeia que move as engrenagens da economia estadual. Certamente o “regime antidemocrático” em que vivemos tenha inibido essa participação.
Em 2013 o agronegócio mais uma vez é o responsável pelo superávit da Balança Comercial Brasileira, e nem mesmo isso sensibiliza o atual governo federal.
A última esperança de Paz no futuro e continuidade do agronegócio no MS e no Brasil está na sabedoria do Supremo Tribunal Federal.

Leilão da resistência

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