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domingo, 6 de outubro de 2024

Rio ainda acumula lixo nas ruas após Carnaval com greve de garis

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05/03/2014 15h13 – Atualizado em 05/03/2014 15h13

Fonte: Reuters

A greve de garis iniciada no Carnaval no Rio de Janeiro, principal destino de foliões brasileiros e estrangeiros no país, transformou a paisagem da cidade em um lixão a céu aberto, com as ruas cobertas de lixo depois de desfiles e da festa de mais de 400 blocos.

A paralisação começou no fim de semana e ainda há garis que não retornaram ao trabalho. A faxina para recolher as toneladas de lixo espalhadas pela capital fluminense deve durar três dias, e só depois a cidade deve voltar ao normal, segundo a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).

O lixo se acumulou pelas ruas e avenidas, nas praias da zona sul e em diversos pontos turísticos. No sambódromo, onde ocorrem os principais desfiles das escolas de samba do país, o lixo também se acumulou nas arquibancadas.

Cerca de 900 mil turistas eram esperados para passar o Carnaval na cidade, que vai receber a final da Copa do Mundo em julho e os Jogos Olímpicos de 2016.

“Estamos trabalhando para normalizar a nossa operação e a partir desse momento, em três dias, conseguimos voltar com a cidade dentro da sua normalidade total”, disse o presidente da Comlurb, Vinicius Roriz.

Até a normalização das operações, a população vai ter que conviver com o lixo e o cheiro de urina deixados pelos foliões do Carnaval.

“A situação está caótica. O caminhão não passa por aqui desde sábado e não temos mais onde acumular o lixo no prédio”, disse à Reuters um porteiro de um prédio da zona sul, área nobre da cidade.

Os garis reivindicam melhores salários e condições de trabalho. As negociações para evitar o caos começaram antes do Carnaval e se estenderam durante a folia.

A Comlurb chegou a anunciar durante o feriado o fim da paralisação, mas na prática a volta ao trabalho não aconteceu. Um grupo de dissidentes não aceitou o aumento de 9 por cento sobre o piso de cerca de 800 reais, mais 40 por cento de insalubridade. O grupo que resiste ao acordo quer um piso de 1.200 reais.

“Não há margem para pagar um piso maior. A negociação começou em fevereiro e já houve um grande desgaste nas negociações. Temos que olhar o lado do gari, mas também da população que paga essa conta”, declarou Roriz.

“Numa negociação não dá para um lado querer levar tudo”, acrescentou.

A crise do lixo também acabou virando caso de polícia. Garis que querem aceitar os termos do acordo e voltar ao trabalho têm sido vítimas de ataques de grupos dissidentes da categoria.

A Comlurb pediu ajuda à Polícia Militar para escoltar grupos de trabalhadores durante a limpeza das ruas e avenidas da cidade.

Cerca de 300 grevistas já foram demitidos pela Comlurb, mas os afastamentos poderão ser reconsiderados pela companhia.

A cidade do Rio de Janeiro conta com aproximadamente 15 mil profissionais de limpeza de ruas.

Arquibancadas do sambódromo cobertas de lixo após desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.

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