25/03/2014 16h35 – Atualizado em 25/03/2014 16h35
Por Mario Marcio Silvestre
Olá.
Li sua reportagem sobre a liberação da maconha.
Bom. Sou um dependente químico (álcool) e estou sóbrio há dois anos. Fiquei internado em uma clinica que trata alcoolismo e drogas.
Se a gente for escutar a história dos usuários crônicos de crack ou cocaína, 100% deles começaram na maconha, ou seja, ela é a porta de entrada para outras drogas mais fortes.
A juventude de hoje não quer saber de um baseado, eles querem drogas cada vez mais fortes, cada vez mais e mais.
Quem fuma maconha hoje no meio é considerado “careta”, de modo que para não ser tirado pelos companheiros, ele migra para drogas mais fortes.
As drogas frio-depressivas são cada vez mais fortes e levam cada vez mais a degradação e a morte. Conheço histórias de pessoas que começaram na maconha e hoje estão no crack se prostituindo, roubando, matando e vivendo no mais profundo abismo. Pessoas com família, médicos, advogados, engenheiros etc… que em seus serviços começaram na maconha com companheiros e hoje moram na rua ou nas cracolândias da vida sem nenhuma expectativa e o pior não querem e não aceitam ajuda.
Hoje em nossas clínicas temos mais de 100 internos e todos os dias chega gente do Brasil todo e dessas pessoas uma pequena parte vai ficar limpa por mais de um ano.
As drogas de um modo geral são um problema social grave e nossa presidenta disse assim em uma entrevista: “se nosso país é um dos maiores consumidores de cocaína, é sinal que nossa economia é forte”.
Que mulher é essa ?? No dia em que ela tiver um viciado dentro de casa, sendo roubada, coagida e ter que sair a noite para procurar o filho pois nem sabe se ele tá vivo ou morto garanto que a posição dela muda.
E tudo isso como já disse é por causa da maconha, que é a porta de entrada para outras drogas, pois ninguém que eu conheça que é usuário de drogas começou no crack ou cocaína. Todos eles começaram na maconha.
Mario Marcio Silvestre
enviado por e-mail em 24.03.2014)