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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Procura-se um Governador

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15/07/2014 19h54 – Atualizado em 15/07/2014 19h54

Por R. Ney Magalhães

Os cidadãos e as empresas responsáveis pelo “agronegócio” no MS, procuram neste 2014 um Governador construtor de estradas de produção, possíveis de permitir a entrada e distribuição dos insumos dessa atividade, e passíveis de suportar o transito ininterrupto da principal fonte de renda estadual. Choveu! para tudo.

Em um rápido histórico podemos resumir que o MS foi um Estado mal criado e mal dirigido em seus primeiros dias de existência. O Presidente Ernesto Geisel nosso criador, instado por pressão política obrigou-se a nomear como primeiro Interventor deste novo Estado, um cidadão alheio a nossa região e às nossas aptidões.

Endeusado no cargo e cercado pelos bajuladores da nova Capital e sem nenhuma capacidade política administrativa “torrou” em poucos meses todos os milhões de dólares destinados à implantação e organização do sistema funcional.

Após sete meses, o Interventor foi sacado de suas funções, sendo nomeado o político Marcelo Miranda, um engenheiro ligado ao ex-governador Pedrossian, e que havia dirigido o DERMAT – Departamento de Estradas de Rodagem do Mato Grosso ainda Uno.

Imediatamente foram criadas administrações regionais com delegacias de Ensino, Saúde, Segurança e naturalmente de Estradas cujos usuários, os participantes do agronegócio, eram os responsáveis pela arrecadação financeira que sustentava a economia.

O órgão denominado DERSUL com suas residências regionais elaborou o Plano Rodoviário construindo estradas sobre aterros cascalhados. Com a produção fortalecida, novos empresários aqui se estabeleceram, e assim recuperou-se parte do tempo perdido.

Em novembro de 1980 o então Senador Pedrossian foi empossado como Governador e completou aquele primeiro mandato até março de 1982.

Abrindo as portas do MS para o Paraná iniciou a construção da Rodovia Guairá-Porã, asfaltada desde Mundo Novo, passando por Amambai até Ponta Porã, com o Ramal de Eldorado – Navirai – Caarapó – Dourados, consolidando as bases para o desenvolvimento.

Pedrossian, também idealizou e construiu nesse curto espaço de tempo o Centro Político e Administrativo do MS, o Parque dos Poderes.

Os governadores seguintes não priorizaram o setor Rodoviário, que hoje apresenta um quadro caótico e comprometedor da produção e da produtividade estadual, inibindo a vinda de novos investidores. Sendo que a situação foi agravada quando Zeca do PT assumiu o Governo e criou o FUNDERSUL, um Fundo Rodoviário que onera a produção de grãos, de pecuária e seus derivados, entre outros. E incoerentemente extinguiu o DERSUL.

Seu sucessor o atual governador Puccinelli além de manter esse imposto indevido e cruel, na primeira semana de seu governo simplesmente terceirizou os serviços do “finado” DERSUL. Os usuários contribuintes estão a ver navios.

Notadamente aqui no Sul do MS onde vivemos e trabalhamos, sentimos no dia a dia e a cada safra, os prejuízos da falta de estradas. Sem dispor de mapas rodoviários, sem aterros que drenem as águas das chuvas, sem identificação das rodovias ou seus destinos o sistema é caótico. Motoristas de outros Estados, transportadores de Insumos ao saírem das rodovias – tronco, e aqui no sul só existe a “Guairá-porã”, ficam totalmente perdidos. Situação que se agrava quando ao alcançar um rio ou riacho vislumbram uma grande Placa de Propaganda do Governo com os dizeres “MS FORTE” e ao lado um sinal de trânsito indicando a capacidade permitida da Ponte de apenas 15 Toneladas. Parece brincadeira, pois até as pequenas carretas que hoje transitam no Brasil transportam no mínimo 30 Toneladas.

O Anel Rodoviário natural, da cidade de Ponta Porã é um dos bons exemplos desta crônica. Partindo do antigo Posto Monza na zona norte da cidade, ao lado da região do CTG, dos Armazéns/Secadores e do Frigorífico essa Rodovia MS percorre por trinta e três quilômetros o “vale do Rio São João”, atravessando uma grande região produtora de cereais alcançando a BR . O asfaltamento dessa rota poderia retirar quase que a totalidade do trafego de caminhões das Ruas da cidade. E pasmem os senhores, essa estrada tem a nomenclatura de MS, portanto sua responsabilidade é do Governador, com a agravante de que atravessando a BR segue por Lagunita e alcança a cidade de Laguna Carapã pertencente à Comarca cuja Sede é Ponta Porã. Grande parte do ano aquela região fica incomunicável por falta de acesso rodoviário. Os produtores rurais amargam prejuízos e A Justiça não pode funcionar.

MS FRACO

Sem estradas aterradas e cascalhadas e sem Pontes que permitam o transito ininterrupto de carretas ou caminhões de grande porte, este sul do MS está perdendo competitividade no desenvolvimento da produção no agronegócio, sua única fonte de renda. Procura-se um Governador competente.

Produtor Rural em Amambai

Ramão Ney Magalhães

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