26/08/2015 07h48 – Atualizado em 26/08/2015 07h48
Fonte: Tempo de Mulher
O Dia Mundial da Igualdade Feminina, 26 de agosto, foi criado não apenas para celebrarmos a igualdade, mas para refletirmos e lutarmos contra a desigualdade de gênero. “Se alcançamos muitas coisas em um período tão curto de tempo, muitas outras estão por alcançar”, observa Sandra Duarte de Souza, Doutora em Ciências da Religião, Coordenadora do Grupo de Estudos de Gênero e Religião – Mandrágora/Netmal.
Há poucas décadas, as mulheres não tinham direito ao voto, nem acesso à educação formal e o mercado de trabalho era hermético à nossa presença. Nosso lugar na sociedade era visto exclusivamente pelo viés do casamento e da maternidade. A casa era o único espaço considerado legítimo para quem nascesse do sexo feminino. Nos últimos tempos, temos experimentado o acesso progressivo à educação, ao mundo do trabalho e ao exercício político pleno, particularmente nos países ocidentais. Essa situação é fruto de uma incansável luta pela igualdade entre os sexos, que está longe de terminar.
“As mulheres resistem à dominação sexista desde tempos imemoriais, talvez o século XVIII seja um período que tenha favorecido a acentuação da luta pela igualdade entre os sexos. A Revolução Francesa, a consolidação da Revolução Industrial, a construção de estradas de ferro, a acentuação da urbanização e, mais tarde, as duas guerras mundiais e o desenvolvimento da pílula anticoncepcional, interferiram diretamente no êxodo das mulheres da casa para a vida pública. Mérito especial deve ser dado ao movimento feminista, que no século XX, a partir de finais da década de 1960, ascendeu como movimento social fundamental na luta pelos direitos das mulheres”, explica Sandra Duarte de Souza.