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domingo, 24 de novembro de 2024

Urgente encontro de trabalho em Amambai

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01/12/2015 22h47 – Atualizado em 01/12/2015 22h47

Por Ney Magalhães

Nos primeiros tempos da Criação do MS, pensando grande, as lideranças civis e políticas de Amambai trabalhavam unidas buscando o progresso e o desenvolvimento regional.

Realizavam-se ENCONTROS DE TRABALHO DOS PRODUTORES RURAIS DO ALTO AMAMBAI.
Com os Governos de Marcelo Miranda Soares e de Pedro Pedrossian instalamos aqui as Administrações Regionais de Fazenda, Educação e de Estradas de Rodagem.

Construindo a Sede – Residência Regional do DERSUL-Departamento de Estradas de Rodagem do MS em Amambai, aqueles dois Governos desenharam o Mapa Rodoviário e montaram um Parque de Maquinas comandado por Engenheiros residentes e participativos nas atividades sociais e políticas do cone-sul, área de abrangência dos serviços.

Foram então construídas as primeiras e verdadeiras ESTRADAS de rodagem aqui na Fronteira.
Com aterramento de dezesseis quilômetros de varjões nas margens do Rio Paraná, em Mundo Novo foi iniciado em 1980 o Projeto Guairá Porã de Pedro Pedrossian, que pretendia abrir as Portas e dar acesso a investidores que desejassem tocar seus projetos aqui no Novo Estado o MS recém criado.

Com entroncamento em Eldorado uma rodovia pavimentada tomou o rumo de Amambai com o eixo principal de Eldorado até Amambai e Ponta Porã, ligando Antonio João a Bela Vista – Guia Lopes até Porto Murtinho. Do Trevo de Eldorado partiu outro Ramal no sentido de Naviraí e Dourados. Abrir as Portas do MS para os sulistas era o Plano de Pedrossian.

Regionalmente com apoio logístico dos Sindicatos Rurais que com prestigio político consolidaram os aportes financeiros da SUDECO e foram levantados os aterros dos diversos trechos de estradas entre Amambai – Caarapó – Amambai – Juti (Sta. Luzia) – Amambai – Cel. Sapucaia, e Tagí – Rio Verde do Sul – Aral Moreira, Rio Verde do Sul pela MS 485 até Amambai com Ramal da MS 486 no rumo de Cel. Sapucaia. Todos os povoados e cidades tiveram acessos estabelecidos, iniciando uma verdadeira revolução no agronegócio.

Com aterros de até 1,80 mts e tubulações que permitiam a passagem das águas foram consolidados (sem erosões e sem depredação de cabeceiras, vertentes e córregos), as MS do Mapa Rodoviário desenhado por Marcelo Miranda, tornaram-se ESTRADAS TRANSITÁVEIS o ano todo.

O governo de Wilson Barbosa Martins deu continuidade a esses projetos e o crescimento econômico foi alavancado pelo agronegócio.

Com a posse do governo Zeca do PT para governar o MS tudo foi se deteriorando. Eleito com apenas um deputado de seu partido esse governador precisava de muito dinheiro para satisfazer os interesses regionais dos parlamentares alcançando assim o quorum suficiente para votar e aprovar seus projetos. Criou então um Novo Imposto chamado de FUNDERSUL, que mesmo caracterizado como Bi-Tributação, foi julgado constitucional. Esse Imposto tinha a destinação única de construir e conservar estradas rurais de produção.

Sendo o MS um Estado cuja grande maioria dos habitantes sobrevive unicamente em função dos produtos primários e de seu comercio, essa bi-tributação foi um desastre econômico, até porque o Governo não teve e não tem nenhuma transparência na sua aplicação.

Pelo contrario, os governadores seguintes aumentaram as alíquotas e tributaram outros produtos inclusive os combustíveis. O FUNDERSUL hoje é uma caixa preta.

Incoerentemente o Governo Zeca que criou esse Imposto adicional simplesmente fechou e extinguiu o DERSUL- Departamento de Estradas de Rodagem – responsável pelo uso e aplicação dos recursos.

Após aqueles Governos promissores de Marcelo, Pedrossian e Wilson Barbosa, aconteceu o abandono das Estradas e Pontes das regiões produtoras de cereais e gado.

Sem DERSUL, terceirizando os serviços por oito anos consecutivos o governo Pucinelli deteriorou e exterminou as estradas existentes, arrastando os aterros para os córregos e suas vertentes, um crime ambiental, com prejuízos para a continuidade da principal atividade econômica. O novo governo de Reynaldo Azambuja, já com onze meses decorridos continua no mesmo ritmo, aumentou a alíquota desse famigerado Imposto e “ainda sem DERSUL” para tratar das estradas.

Ontem li uma matéria jornalística quando o presidente do Sindicato Rural de Amambai convida todos a participarem de uma ação conjunta. Esse é o caminho. Assim acontecia com os Encontros de Trabalho que eram realizados no passado.

Associação Comercial, Cooperativas Agrícolas, Clubes de Serviço, Prefeitura, Câmara de Vereadores e a Sociedade como um todo tem a obrigação de se aliar a este convite do Sindicato Rural. Os Governantes nos devem uma satisfação.

Ney Magalhães, 80 anos, é produtor rural em Amambai, foi fundador do Sindicato Rural de Amambai e delegado federal do Ministério da Agricultura no MS.

Ney Magalhães

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