10/12/2017 10h30
Fonte: Assessoria
Meus amigos, estamos vivendo momentos dificílimos para o trabalhador brasileiro. Dia após dia vemos direitos sendo cortados, aumento dos preços, redução de salário e benefícios, embarreiramento da fiscalização de trabalho escravo e a imposição de o trabalhador arcar com as custas de um processo trabalhista perdido. Sabendo de tudo isso, o sindicato precisa estar ainda mais atuante, impedindo que essas dificuldades cheguem ao trabalhador de cooperativa. A relação capital e trabalho sempre foi conflituosa e os sindicatos laborais nasceram para dar força para o lado mais fraco dessa conexão. E desde então, tem exercido papel fundamental na organização da classe trabalhadora para uma sociedade mais justa e democrática.
Se antes os sindicatos surgiram para se opor às precárias condições de trabalho e remuneração a que estavam submetidos, hoje temos um novo desafio. Lutar para que esses direitos conquistados não sejam perdidos. Parece que estamos brincando, mas não. Se continuarmos caminhando nesta direção, é muito provável que voltaremos ao século XVIII, tempos onde as jornadas de trabalho eram exaustivas e chegavam a 16 horas diárias, onde nem se cogitava falar em 13° salário ou férias.
A atuação dos sindicatos ganha relevância incontestavelmente quando se observa a diversificada gama de temas e itens negociados e direitos inscritos nos Acordos e Convenções Coletivas. Anualmente, dezenas de milhões de trabalhadores formalmente contratados têm suas condições de trabalho e remuneração renovadas pela atuação de suas entidades representativas, em negociações diretas muitas vezes duras com as empresas ou com suas representações setoriais. Com a nova legislação trabalhista, onde o negociado se sobrepõe ao legislado, os sindicatos poderão garantir ainda mais conquistas, mas pode ser que não. Muitas entidades podem simplesmente fechar os olhos para o trabalhador por falta de representatividade, prejudicando assim toda uma categoria.
Sindicato forte é aquele que conta com apoio incondicional de seus associados. Para levar uma boa proposta de acordo ao patronal é preciso ter representatividade, pois sem elas, meus amigos, o patrão passa por cima de seus empregados sem dó e nem piedade. Sabidamente, as leis trabalhistas já são desrespeitadas no país, seja por falta de fiscalização, por negligência do poder público ou insuficiência de fiscais para atender todo o território nacional, isso faz com que o cumprimento da lei e dos Acordos ou Convenções Coletivas nem sempre seja satisfatório. Agora com os ataques que os sindicatos irão sofrer, que virão de todos os lados, imprensa, poder público, juízes, a fim de aniquilar e fechar as portas de sindicatos serão constantes. Devido a isso, é preciso que o sindicato tenha o respeito e o apoio dos trabalhadores, participando ativamente das lutas, presença em assembleias, sendo protagonistas das conquistas. Mostrando aos patrões que possuem força suficiente para que não percamos nenhum direito já conquistado e freando essa ofensiva do Governo contra os mais necessitados.
A ordem agora é união, esforço em equipe e trabalho de base. Para garantir que os sindicatos continuem exercendo seu papel de agente transformador na vida das pessoas é preciso que o trabalhador seja sindicalizado. Ser sindicalizado é optar por fortalecer a luta por melhores salários, condições e segurança no trabalho e a manutenção dos empregos. Por isso, meus amigos, agora mais do que nunca, contamos com participação da grande maioria dos trabalhadores em cooperativas de todo o Brasil. Precisamos mostrar que a somos fortes e conectados em busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Confie na Fenatracoop e nos seus sindicatos filiados, pois vamos continuar trabalhando com garra em defesa do trabalhador cooperativista.