01/02/2019 07h58
Pátria de Alma Barrenta – Um Poema Sem Fim
Por Diobelso Teodoro de Souza
Pátria de Alma Barrenta – Um Poema Sem Fim
Moldaram o corpo
De Brumadinho e Mariana
No barro vermelho e gosmento
O lodo empreendedor da Pátria Amada
Fixou seus braços e pernas
A Glote asfixiada não teve tempo
De pronunciar o último suspiro
Brumadinho e Mariana
São apenas fotografias vermelhas
Lamacentas e cruentas
Nas paredes da ganância
Pelo jeito das providências
– E dos acertos incabíveis –
Não vai nem mais um ano
Pra tudo se repetir
E esse meu poema sujo
Continuará vivo morto, morto vivo
Na Pátria de alma barrenta
Aonde Vale tudo.
Diobelso é médico e membro da Academia Amambaiense de Letras