14/08/2019 09h17
Equipe brasileira conquistou o ouro em 2007 e 2015
Fonte: Fábio Lisboa e William Douglas – Brasil
Uma modalidade na qual o Brasil chega com a intenção de manter uma hegemonia nos Jogos Parapan-Americanos de Lima é o futebol de 7. O esporte, disputado por atletas com paralisia cerebral, estará pela terceira vez no programa do evento. Em 2007 e em 2015, o ouro ficou com a equipe brasileira.
E o título de 2007 teve um sabor especial, pois foi obtido em casa, como afirma Marcos Ferreira, atual preparador de goleiros da seleção, e que estava debaixo das traves naquela oportunidade: “Foi muito marcante para nós atletas. Um sonho realizado. De poder jogar diante da nossa torcida. De olhar para a arquibancada lotada. Isto foi emocionante para todos. E foi uma final marcante também, diante da Argentina. É um privilégio. Ser campeão diante da Argentina”.
Processo de renovaçãoMas para alcançar um bom resultado na próxima edição do Parapan não basta olhar para o passado, também é necessário renovar a equipe. Segundo o técnico da seleção, Paulo Cabral, o time brasileiro tem se esforçado para buscar novos valores: “Já renovamos na Copa América. Lá tivemos 80% dos jogadores que vieram da base e que vieram de clubes. E continuamos fazendo o trabalho de renovação, aproveitando até mesmo o pessoal da sub-19”.
Regras própriasQuem olha de forma desatenta uma partida de futebol de 7 pode pensar que não há singularidades nas regras adotadas pela modalidade. Porém, elas existem, e são muito importantes. A primeira se relaciona ao tamanho do campo de jogo, que tem no máximo 75 metros por 55 metros. Já as balizas têm 5 metros de largura e 2 metros de altura.
As partidas são disputadas em dois tempos de 30 minutos, com 10 minutos de intervalo. Não existe impedimento. E o lateral pode ser batido com apenas uma das mãos, com a bola no chão. As atletas em campo tem paralisia cerebral, mas passam por um processo de classificação funcional.
Mas mesmo participando de uma modalidade com tantas singularidades, os jogadores de futebol de 7 carregam no peito o mesmo orgulho que todo atleta tem de defender o seu país e a vontade de fazer sempre o melhor: “É um orgulho muito grande. Não só para mim. Mas pra toda minha família, meus amigos. E sempre buscando dar o melhor”, afirma o jogador Jefferson Aparecido.