31/07/2020 09h31
Por Diobelso Teodoro de Souza
O Vírus K-19, apesar de me cercar todos os dias bem de pertinho, ele não vai grudar em meus labirintos, em minhas veias salientes e rústicas.
Fui tostado, desde pequenino, pelo chão da Quarta Linha, do Barreirão e dos Travessões desenhados por Getúlio Vargas naquela terra fértil.
Fui lapidado desde cedo: venci picadas de jararacas, escorpiões, passeios fumegantes de taturanas grisalhas na pele, quedas de cavalos tocando gado nelore, coices de vacas no Curral do Cazuza.
Sem contar as quedas da carroça entregando leite nas janelas da Vila Glória bem cedinho.
Tudo isso quando eu tinha menos de 7 aninhos de idade.
Não é agora q vou fraquejar, acovardar. Sou filho da D. Esther, guerreira de 90 anos q nunca teve uma Pneumonia ou úlcera na pele ou no coração.
Eu tenho múltiplas razões para me cuidar e não ser abatido, dentre as quais essas duas fotografias de menininhos em minha mesa.
Vou continuar firme. Eu nasci para cuidar de gente. Não sei fazer outra coisa melhor e mais direito.