15/01/2021 16h14
Na manhã de ontem, Neguinha foi detida por moradores do Bairro Vacaria e amarrada, pelo pescoço, com corda no tronco de uma árvore
Fonte: Viviane Oliveira – Campo Grande News
Desde os 14 anos, a mulher de 25 anos, conhecida como “Neguinha”, que ontem foi detida e amarrada por moradores sob suspeita de tentar invadir mais uma casa, começou a furtar para sustentar o vício em pasta-base de cocaína.
De lá para cá, ela acumulou ao menos 15 passagens pela polícia por crimes dessa natureza. Mãe de três filhos, segundo apurado pela reportagem, a jovem vive nas ruas de Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande, apesar de ter família na cidade, cometendo pequenos furtos.
Na manhã de ontem, Neguinha foi detida por moradores do Bairro Vacaria e amarrada, pelo pescoço, com corda no tronco de uma árvore, até a chegada da Polícia Militar. Toda a ação foi filmada. Segundo testemunhas, a jovem havia tentado invadir a residência de uma idosa para furtar. Como nada foi encontrado, Neguinha foi liberada pela Polícia Militar antes mesmo de ser levada à delegacia da cidade, por onde já passou por tantas vezes.
Em um dos processos no qual Juliana responde por furto, uma vítima de 51 anos contou que no dia 26 de junho de 2019, por volta de 1h, escutou o cachorro latindo e ao acordar para saber o que havia acontecido avistou Juliana saindo pelo portão. Ela, segundo o morador, havia furtado mais de R$ 300 em dinheiro e objetos da residência como aparelho de rádio e celulares.
A testemunha, disse, conhece a autora há anos e sempre a ajudava com alimentação e higiene quando precisava. Ao ser ouvida nesse processo, Neguinha afirmou que no dia dos fatos dormia na residência, com o aval do morador, mas no meio da madrugada sentiu vontade de fumar pasta base e, por isso, levantou e saiu levando apenas o cigarro e isqueiro que pertencia à vítima. Confirmou ainda que já havia furtado por diversas vezes a casa do morador e que tal situação era de conhecimento da própria vítima.
Em contato com a secretária de Assistência Social de Sidrolândia, Aletânia Ramires Gomes, disse que a vítima e os filhos dela, que vivem com a avó, são acompanhados pelo Cras (Centro de Referência de Assistência Social). “Para a jovem já foram ofertados nossos serviços, mas infelizmente ela não aderiu ao tratamento oferecido pela assistência Social. A maior vulnerabilidade dela é a dependência química que a afasta da família e do convívio social”, explicou. O jornal optou em não divulgar o nome da mulher para não expor a família dela.