13/02/2021 10h31
Fonte: Redação
No decorrer das últimas décadas, os eSports deixaram de ser considerados modalidades de nicho para se tornarem uma das principais opções de entretenimento. No Brasil, eles já conquistaram o mainstream e o país é hoje uma das maiores potências mundiais.
Crescimento mundial dos eSports
Depois de uma longa caminhada até surgirem os primeiros eventos competitivos, os eSports finalmente dominaram o mundo. De acordo com dados divulgados pela consultoria Statista, o mercado global do setor conseguiu alcançar a marca impressionante de US$ 950 milhões em 2020.
Além disso, a expectativa para os próximos anos é muito positiva e o setor deve ultrapassar US$ 1,6 bilhão até 2023. As receitas estão relacionadas principalmente a patrocínios, publicidade e streaming, mas outros espaços, como a venda de produtos relacionados a equipes famosas, também estão crescendo.
A Ásia e a América do Norte são, respectivamente, os dois principais mercados dos eSports, com a China sendo responsável por cerca de 20% de todo o faturamento mundial. Mas cada vez mais outras regiões mundiais, com destaque para a África e a América Latina, começam a se destacar.
Brasil conta com ótimos números
No momento, o Brasil é o principal país da América Latina no quesito esportes eletrônicos e se encontra na terceira posição mundial em relação ao maior número de torcedores.
Segundo dados divulgados pela consultoria Newzoo, já são mais de 24 milhões de pessoas que costumam acompanhar os eSports no Brasil, que podem ser divididas entre “entusiastas” (10 milhões), aqueles que acompanham partidas de forma assídua, e “espectadores ocasionais” (14 milhões), que assistem apenas às grandes competições.
A força dos esportes eletrônicos, inclusive, já chamou atenção de alguns dos gigantes de modalidades tradicionais. Um dos principais exemplos atuais é a PokerStars, gigante do poker que recentemente somou forças com a tradicional equipe Furia.
Considerando que, segundo dados da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH), o poker também conta com cerca de 10 milhões de jogadores e entusiastas, a parceria tem o potencial de aumentar de forma significativa o número de fãs de ambas as modalidades nos próximos anos.
Além disso, diversas novas tendências prometem agitar o mercado nacional e fazer com que o fenômeno dos eSports cresça de forma exponencial nos próximos anos. Com isso, o país deve conquistar ainda mais espaço no mercado global.
Futuro dos eSports passa pelo mobile
Um dos principais motivos para o otimismo em relação aos eSports no Brasil é o fato de que a receita nacional ainda não corresponde ao grande número de fãs encontrados por aqui.
Enquanto o país ocupa a terceira posição global em relação a número de fãs dos eSports, o país está apenas no 15º lugar no ranking de faturamento. Isso significa que existe um potencial enorme de monetização para os próximos anos e que os grandes players que conseguirem atender às demandas do público podem faturar muito.
O Brasil conta com alguns dos melhores atletas do mundo e alguns dos competidores, como Gabriel “Fallen” Toledo, já apareceram até mesmo em listas dos mais influentes dos games, mas o país ainda pode superar muitas barreiras para produzir mais profissionais.
Felizmente uma delas já está em vias de ser superada. Durante décadas o alto custo de computadores “gamers” foi uma barreira para que novos jogadores ingressassem no mercado, mas nos últimos cinco anos a indústria dos eSports começou a se voltar para os jogos mobile e “lite” – o que permitiu que cada vez mais brasileiros pudessem começar a jogar.
Novos títulos como “Call of Duty: Mobile”, “Garena Free Fire” e “Fortnite” têm crescido de forma exponencial ao redor do mundo e ganhado seus próprios torneios e competições de eSports, o que o que indica que nos próximos anos países como Índia e Brasil, que contam com quantidades de celulares muito acima da média mundial, devem ver cada vez mais atletas alcançando o sucesso.
Brasil deve ganhar cada vez mais espaço
Considerando todos os fatores envolvidos, com destaque para novas parcerias e o crescimento do mobile, o Brasil conta tem tudo para se manter nas primeiras posições em relação aos eSports nos próximos anos e se consolidar como uma das maiores potências do setor.