17/08/2021 09h07
Vacinas contra Covid-19 são eficazes, mas ainda é possível contrair a doença
Morte do ator global Tarcísio Meira na semana passada, mesmo após ter tomado duas doses do imunizante, trouxe à baila questionamentos sobre a eficácia das vacinas, contudo, médico amambaiense explica que esses casos são difíceis, mas possíveis de acontecer.
Fonte: Redação
Amambai (MS)- Há mais de um ano e meio o Brasil e o mundo travam uma guerra contra a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Sars-cov-2. Desde o início da pandemia, oficialmente decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março de 2020, inúmeros estudos têm sido realizados e as vacinas passaram a figurar como a melhor saída para conter o avanço dos casos e mortes em detrimento da doença.
Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen são as opções de vacinas com eficácia comprovada no mercado e que estão sendo aplicadas em grande escala no Brasil e no mundo. Dados estatísticos mostram que os números de casos fatais diminuíram ao passo que a imunização aumentou, entretanto as vacinas são vistas ainda com certa resistência por algumas pessoas e o debate sobre a eficácia dos imunizantes veio à tona novamente após a morte do ator global, Tarcísio Meira, mesmo após ter tomado as duas doses recomendadas.
Diante disso, a reportagem do Amambai Notícias conversou com o médico amambaiense, Jeferson Baggio, que chegou, inclusive a ser o presidente do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus em Amambai e ele explicou que, primeiramente, o foco das vacinas contra Covid-19 é diminuir os casos graves e mortes, mas que o fato de estar com o ciclo de imunização completo, não quer dizer que você não vá contrair a doença. Segundo ele, casos graves e mortes pela doença em pessoas totalmente imunizadas contra Covid-19 não acontecem com frequência, mas também também não são impossíveis de acontecer, o que vale para todas as vacinas.
“Você pode estar vacinado contra a Covid-19 e ainda assim contrair a doença; o que se espera dessas vacinas não é que elas te tornem completamente imune, mas que elas diminuam a morbidade dos pacientes, que são os casos graves e óbitos; da mesma forma acontece com as vacinas de gripe, por exemplo, a gente não toma a vacina para não ter mais gripe e sim, para evitar casos de graves de pneumonia viral causados pelo vírus da gripe”, explicou o médico.
Número de vacinados em Amambai
O estado de Mato Grosso do Sul segue sendo o primeiro colocado em todo o Brasil na aplicação das vacinas contra Covid-19, já são 85% da população adulta vacinada com a 1ª dose. Em Amambai, o número também é alto e traz esperanças. Só no último sábado (14), no Drive Thru realizado na praça Cel. Valêncio de Brum, 647 doses de vacina foram aplicadas, o que mostra o comprometimento da Prefeitura de Amambai por meio da Secretaria de Saúde na imunização da população amambaiense.
Até o momento 25.436 pessoas já receberam a vacina contra Covid-19 em Amambai e esse número tem refletido no estacionamento no número de óbitos em razão da doença, já que há três semanas, a Cidade Crepúsculo não registra mortes.
“Estamos comemorando que há 21 dias não perdemos amambaienses para o coronavírus, a vacina tem sido eficaz e os números em Amambai têm mostrado isso”, disse o prefeito de Amambai, Dr. Bandeira, em transmissão ao vivo realizada no último sábado (14).
Nessa segunda-feira (16), o Departamento de Comunicação da Prefeitura de Amambai expediu uma atualização do Boletim Informativo sobre a Covid-19. São 15 pessoas ainda com o vírus ativo na cidade, sendo que 11 delas estão com a doença de forma branda, sendo possível realizar o tratamento de casa e 4 estão internados. Outras 21 pessoas ainda aguardam resultado de exames do Laboratório Central de Saúde Pública.
Vacinação no Mato Grosso do Sul
Com 85% da população adulta vacinada com a 1ª dose no Mato Grosso do Sul, as mortes em função da Covid seguem em queda no Estado. Agosto já registra a menor média de óbitos no ano, com 10 por dia. Os especialistas confirmam que este cenário é em função do avanço do processo de imunização.
“Não temos dúvidas que a queda do número de óbitos e casos é em função do avanço da imunização. Estamos observando uma maior mobilidade das pessoas, com afrouxamento das medidas restritivas, portanto não teria outro motivo para esta redução”, explicou a médica infectologista Andyane Tetila.
Nos 11 primeiros dias de agosto foram 128 mortes por Covid, o que chega a uma média de 11,6 por dia. Em 2021 a menor média até então era de fevereiro, com 14,7 por dia. A pior foi no mês de abril, que registrou 1.398 em 30 dias, tendo uma média diária de 46,6 óbitos.
(Portal do Governo de MS)
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