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domingo, 24 de novembro de 2024

Justiça de MS manda bloquear R$ 700 mil de empresa acusada de calotes em formaturas de medicina por todo Brasil

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Em Mato Grosso do Sul, formandos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) relatam ter tido a conta com mais de R$ 500 mil raspada pela Brave Brasil Formaturas e Eventos. Formandos do Paraná e de outros estados também acusam a empresa de golpe.

A Justiça de Mato Grosso do Sul mandou bloquear R$ 700 mil da Brave Brasil Formaturas e Eventos, empresa investigada por suspeita de dar calotes e não realizar formaturas de várias turmas de medicina pelo Brasil. Na decisão, o juiz Juliano Rodrigues Valentim dá caráter de urgência para que o bloqueio seja feito. Assista ao vídeo acima.

Na decisão, o juiz apresenta como argumento para o bloqueio, a situação de 46 alunos de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) que tiveram a conta da formatura com R$ 500 mil raspada.

Além do pedido de bloqueio, o juiz determina expedição de ofício ao banco onde a conta foi aberta para prestar todas as informações relacionadas às movimentações da referida conta, fornecendo extrato bancário detalhado.

“Com efeito, do exame dos autos é possível extrair elementos suficientes a evidenciar a probabilidade do direito alegado, constando dos autos o contrato de prestação de serviços realizado entre as partes, o pagamento dos valores devidos pelos formandos, a redução à zero do saldo da conta corrente a ele vinculada e, ainda, a ausência de informações a respeito da mesma, nem pelo banco nem pelos responsáveis pela empresa ré, situação registrada em ata notarial”, explica o juiz na decisão.

Acadêmicos acusam calote

Com cerca de R$ 500 mil reais, a conta bancária da festa de formatura de 46 alunos de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi completamente zerada.

Os acadêmicos acusam calote da empresa Brave Brasil Formaturas e Eventos e entraram na Justiça pedindo a anulabilidade do contrato e o bloqueio de bens do empreendimento. O g1 buscou a empresa, que não respondeu aos questionamentos feitos.

A empresa organizadora da formatura é de Florianópolis e foi denunciada em reportagem do Fantástico por não cumprir contratos com alunos de medicina, Brasil afora.

Sonho distante

Lívia Arruda Pedrini, de 23 anos, está no penúltimo semestre de medicina na UFMS e tinha intenção de comemorar a finalização do ciclo com amigos e familiares no início de 2024. Porém, o sonho tem se tornado um verdadeiro pesadelo.

Além de formanda, Lívia faz parte da comissão de formatura. A estudante de medicina comenta que o contrato da turma, com 46 alunos, tinha uma cláusula em que desautorizava a empresa retirar grandes quantias de dinheiro sem autorização e assinatura da presidente da comissão. O que não foi feito, segundo Laís, a própria presidente dos estudantes.

“No nosso contrato tinha que todas as nossas mensalidades eram para cair uma conta específica, mas precisaria da autorização minha e outras pessoas da comissão para fazer a movimentação. Fomos fazer uma festa no fim do ano passado, até então não tínhamos feito nada com eles. Reparamos que eles não tinham pedido assinatura para nada, aí levantou o alerta. Até hoje eles não mandaram os comprovantes da última festa. Assim que estourou em Maringá, pedimos a prestação de contas, eles não mandaram e pararam de responder. Fiquei olhando todos os dias, o dinheiro foi diminuindo”, detalha Laís Amancio.

Laís, de 23 anos, veio do interior de Goiás para cursar medicina em Mato Grosso do Sul. “Quando firmamos o contrato com uma empresa, esperamos que ele seja cumprido. Achamos que era confiável, já fizeram muitas formaturas, mas está sendo uma semana horrível”.

Fonte: José Câmara, g1 MS

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