A sustentabilidade e as novas práticas de energia renovável são um dos pilares que a Agems (Agência Estadual de Regulação do Mato Grosso do Sul). Recentemente, a diretoria visitou o mais novo e maior polo de Eletroposto de carga rápida do país, localizado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
O projeto de P&D V2G na região Centro-Oeste, faz parte do programa de pesquisa e desenvolvimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que também é conveniada com a Agems nos serviços delegados de energia elétrica no Estado.
“Não há mais como retroceder. Estamos avançando em tecnologias e inovações e a sustentabilidade é o carro-chefe na soma de todos esses esforços. Viemos conhecer de perto o projeto para saber como funciona esse plano de expansão sustentável e formar futuras parcerias de sucesso. A Agems tem investido na construção de um meio ambiente bom para todos”, afirma o diretor-presidente da Agência de Regulação, Carlos Alberto de Assis.
Eletroposto
Os veículos elétricos têm se apresentado como uma solução para a redução das emissões de carbono e uma opção para os que buscam meios de transporte ambientalmente amigáveis. Do ponto de vista tecnológico, são mais eficientes e emitem menos poluentes, e seu acelerado desenvolvimento tem possibilitado uma constante redução de custos, especialmente em relação às baterias.
O polo que já está em utilização de forma gratuita dentro da Universidade através de cadastro em aplicativo, é um ponto de abastecimento de energia elétrica para carros e bicicletas elétricas rastreáveis, utilizadas para passeio dentro do campus e que são wireless (passível de carregamento por aproximação). Esse projeto é mais uma das inovações sustentáveis para o futuro assim como realizadas nas smarts citys, “cidades inteligentes”. No entanto, pesquisadores já trabalham em laboratório para que o desenvolvimento desse mecanismo seja mais acelerado.
Autossustentável
O eletroposto de MS é o maior e mais completo dos cinco espalhados pelo país. Possui Energia solar fotovoltaica ligada a rede e banco de baterias para cargas emergenciais e é considerado um grande roteador de energia e não só uma estação de recarga, mas um grande laboratório.
“A pesquisa é muito importante nesse contexto. Precisamos motivar a mudança energética no nosso Estado através das energias renováveis e buscar cada vez mais um ambiente mais sustentável”, afirma o reitor da UFMS, Marcelo Turine.
“O posto realiza o carregamento do veículo e a possibilidade de o mesmo devolver para a rede, porque cremos em um cenário futuro em que os veículos possam contribuir para a estabilidade da rede elétrica, porque eles são donos de baterias móveis. Pode assustar um pouco, mas isso é uma forma de impulsar a tarifa de forma dinâmica, assim como a bolsa de valores”, explica o professor pesquisador da UFMS, Ruben Barros.
Além da possibilidade de utilização da energia fotovoltaica, o eletroposto da UFMS também inicia testes de abastecimento sem fio. É um projeto que tem duas vertentes muito bem definidas. Uma é utilizar tecnologias comerciais de carregamento emergentes no cenário nacional instalado para a comunidade utilizar, e a parte de desenvolvimento de produtos.
Desafios
Mato Grosso do Sul já possui eletropostos, porém são apenas de categoria carga lenta, tipo de garagem. Diferente do modelo de carga rápida que foi lançado na cidade universitária em abril deste ano. A previsão é que no futuro, novos postos sustentáveis sejam inaugurados.
No entanto, os desafios requerem a maior regulação e a certificação de produtos dentro do mercado. O projeto em si busca então um modelo de governança para a regulação de eletropostos em todo o Mato Grosso do Sul. Discussões e novas parcerias já foram iniciadas para a regulação consciente desses polos em breve.
A nível nacional o avanço dessa tecnologia está avançando. Dados da Associação Brasileira de Veículos Eletrificados apontam que existem nas principais cidades e rodovias do país, cerca de 1,5 mil postos já instalados, porém, a estimativa é que que haja mais 10 mil polos pelo Brasil nos próximos três anos.
Fonte: Bruna Aquino, Comunicação Agems