O governador Eduardo Riedel se reuniu esta tarde com os fundadores do “Great Plains Foundation”, organização internacional que atua na África, Dereck e Beverly Joubert. O casal mantém ações de preservação da vida selvagem e realizam safáris personalizados de aventura nos países africanos de Botsuana, Zimbábue e Quênia.
“O Pantanal é uma das nossas grandes prioridades. Temos atuado de forma intensa para garantir a preservação ambiental, inclusive com nossa meta de chegar a 2030 neutralizando as emissões de carbono”, afirmou Riedel.
Em Mato Grosso do Sul, a organização internacional pretende expandir as ações e atuar também no Pantanal. “Nós já atuamos na proteção ambiental, e temos interesse na conservação das espécies. Precisamos entender mais e por isso queremos trabalhar no Pantanal”, explicou Beverly.
Ambos, que também são fotógrafos e cineastas – já produziram 35 filmes e documentários sobre a vida selvagem, e receberam diversos prêmios –, iniciam hoje (19) um passeio pelo Pantanal. “Vamos fazer uma expedição pela Serra do Amolar e Porto Jofre, para termos a experiência e poder organizar os próximos passos”, explicou Dereck.
O presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), que firmou parceria com a “Great Plains Foundation” em prol da conservação do Pantanal, Ângelo Rabelo, também participou do encontro.
A organização internacional tem foco na experiência turística como ferramenta de ação. Para a “Great Plains Foundation”, ecossistemas saudáveis e em pleno funcionamento são a base sobre a qual todos os outros sistemas operam. Por meio de projetos que abordam a conservação de paisagens inteiras, a organização tem impactado positivamente com ações na África.
Além do “Turismo de Conservação” proposto, a organização internacional busca restaurar, revigorar e proteger áreas selvagens, sua fauna e sua flora. As iniciativas são focadas na conservação de espécies específicas, mas com o objetivo de proteger os ecossistemas abrangentes nos quais essas espécies residem, e com projetos amplos de vida selvagem, paisagem ou comunidade.
“O IHP tem mais de 20 anos de atuação em prol do Pantanal e, agora, receber o reforço da Great Plains Foundation nos orgulha muito, pois será uma revolução do nosso turismo. O esforço de conservação passa pela transferência de tecnologia e competência em ecoturismo e a Great Plain é uma referência mundial”, disse Rabelo.
Verde e próspero
No dia 30 de maio, o Pantanal ganhou o primeiro projeto com certificação de crédito de carbono, o “REDD+ Serra do Amolar”, com lançamento realizado em Corumbá.
A parceria é com o IHP, com apoio do Programa Conexão Jaguar. O Governo do Estado realiza suas ações por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). O projeto prevê a conservação do meio ambiente e proteção da biodiversidade do Pantanal.
“É uma iniciativa inédita no Estado e no Pantanal. Um mecanismo chamado REDD+ que recebe crédito por desmatamento evitado. É uma iniciativa muito importante porque mostra que o Pantanal tem potencial ambiental econômico. Acredito muito nessa linha porque isso gera resultados e contribui para preservação do bioma”, disse Riedel.
Great Plains Conservation
Entre as frentes de trabalho da organização internacional está a “Great Plains Conservation”, comprometida com viagens responsáveis, desde a conservação e iniciativas comunitárias lideradas por sua fundação, até a integração de tecnologia verde com variados acampamentos de safári.
Foram eles os pioneiros no conceito de oferecer uma experiência de safári de luxo sustentada inteiramente por energia solar, em 2008. Uma década depois, continuaram inovando com, por exemplo, o sistema de bateria solar Tesla de última geração instalado no Tembo Plains Camp.
Outras práticas recomendadas em seus acampamentos incluem os biodigestores que convertem restos vegetais em gás de cozinha metano, compostagem, reciclagem de águas cinzas, uso de madeira reciclada na construção do acampamento e a eliminação de plástico de uso único, como garrafas e canudos.
Numerosos sistemas de classificação de ecoturismo locais e internacionais reconheceram seu compromisso com práticas sustentáveis. Selinda Camp, Selinda Explorers Camp e Zarafa Camp alcançaram a classificação mais alta da Organização de Turismo de Botsuana – “Ecoturismo”.
A Reserva Selinda foi nomeada como um dos 100 melhores destinos sustentáveis do mundo. No Quênia, Mara Plains Camp e Mara Expedition Campcada um tem uma classificação Gold da EcoTourism Kenya. Ao mesmo tempo, ol Donyo Lodge é Silver, e Mara Plains Camp, Selinda Camp, Zarafa Camp e Selinda Explorers Camp são todos Certificados de Turismo de Comércio Justo.
Fonte: Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
*com informações IHP