Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio apurou 91,6% das lavouras em boas condições, 7,1% regulares e 1,3% ruins
O agronegócio sul-mato-grossense já começou a colher o milho segunda safra 2022/2023. De acordo com o Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), até o dia 23 de junho as máquinas avançaram por 18.600,00 hectares, menos de 1% da área total semeada, de 2,325 milhões de hectares.
Esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural, divulgado na terça-feira (27) e elaborado na terceira semana do mês a partir de contatos com empresas de assistência técnica, produtores, sindicatos e empresas privadas nos principais municípios produtores de soja e milho em Mato Grosso do Sul.
A publicação feita por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho) mantém a produtividade do cereal estimada em 80,33 sacas por hectare e a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas nesse ciclo produtivo.
Embora aponte incerteza quando à perspectiva para a cultura, pois em Mato Grosso do Sul plantou 54% do milho fora da janela ideal, o que aumenta o risco de danos causados por intempéries climáticas, como estiagem, geada e queda de granizo, o Siga-MS apurou 91,6% das lavouras em boas condições, 7,1% regulares e 1,3% ruins.
Quanto à geada ocorrida na madrugada entre os dias 15 e 16 de junho, que atingiu os municípios de Bonito, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhantes, Antônio João e Ponta Porã, o levantamento de campo verificou que foi localizada e de baixa intensidade, não causando danos significativos nas lavouras de milho segunda safra que preocupassem os produtores.
Com o início da colheita das primeiras áreas semeadas, a região centro está com os trabalhos mais avançados, média de 1,7%, enquanto a região norte tem 0,6% e a região sul 0,5%.
Em relação ao mercado, o Siga-MS apontou valorização de 1,55% no preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul entre 19 e 23 de junho, negociada ao valor médio de R$ 40,88 no fim desse período.
Ao mencionar cotações disponíveis no site da Granos Corretora, acrescenta que as maiores desvalorizações no período ocorreram nos municípios de Campo Grande, Sonora e Ponta Porã, com desvalorização na ordem de 11,74% a 10,29%, respectivamente.
No entanto, indica que o valor médio para o período foi de R$ 40,88, queda de 54% em relação ao valor médio de R$ 75,38 no mesmo período de 2022.
O boletim Casa Rural informa que esses preços atuais não necessariamente são os valores que o produtor está recebendo, uma vez que a comercialização ocorre gradualmente, e cita levantamento realizado pela Granos Corretora segundo o qual, até 19 de junho, o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 29,03% do milho 2º safra 2023, volume 3,03% acima do índice apresentado em igual período de 2022.
Fonte: André Bento – Jornal Gran Dourados