Associação Cultural Amambaiense investe, acredita e consome cultura
Investir, acreditar e consumir cultura. Seja a tradição, a crença, a dança, a língua, a culinária, a música, a brincadeira ou a vestimenta – todo e qualquer comportamento e conhecimento de um grupo social. Este é o propósito da Associação Cultural Amambaiense, entidade não governamental com sede em Amambai. Este foi o cenário da quarta edição do Arraiá de São Gonçalo, promoção realizada pela Associação no Dia de São João, 24 de junho. O evento aconteceu na Estação Cultura, área localizada na vila Limeira, em Amambai. Participaram os associados, membros do grupo Associação Violas de São Gonçalo – um dos braços da Associação Cultural -, familiares, apoiadores e amigos.
A instituição cultural, presidida atualmente por Dilcéia Gabardo Eicke, é formada por um grupo de pessoas voluntárias que se dispõem a realizar ações voltadas para a preservação e valorização da cultura regional. As atividades do 4° Arráia de São Gonçalo começaram à tarde com brincadeiras lúdicas tais como: soltar pandorgas, andar a cavalo, andar de boi, jogos etc. Na boca da noite, foi acesa a fogueira e aconteceu a quermesse com o casamento caipira, a dança da quadrilha, o correio elegante e outras atrações.
A peça teatral ‘Veja lá seu Santo Antônio, quem casa hoje é o Coroné!’, apresentada pela atriz Alessandra Tavares e dirigida por Eliza Valenzuela, foi um dos realces do evento. O elenco foi composto por Kely Cristina Martins: Sacristão; Mariléia Machado Franco Moreira: Coroné; Fabricio da Silva Machado: Ligerito; Maria Rita de Melo: dona Cisca; Claudete Ferreira Rodrigues de Sá: Pelejas; José Cícero de Sá: Aváro; Mikael Rodrigues de Sá: Coroinha; Lindomar da Rosa: Padre; Carmem Adriane Selhorst da Rosa: Noiva e Isadora Marques Pertuzzatti e Luísa Stefanello Arce: Floristas.
Colere: cuidar, cultivar e crescer
Cultura vem do termo colere, em latim, significando cuidar, cultivar e crescer. A cultura independe da classe social e econômica, ela é inseparável do cidadão por natureza, e inerente, e intrínseca. “A cultura está acima da diferença da condição social”, afirmou Confúcio – pensador e filósofo chinês nascido entre 552 a.C. e 489 a.C.
Recentemente, Betinho – Herbert José de Souza – 1935 / 1997, sociólogo e ativista dos direitos humanos – afirmou: Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda sim pela sua cultura.
Mais de 2.500 anos separam Confúcio e Betinho; paradoxalmente suas reflexões são análogas.
Perseverar sempre
Neste contexto, está a Associação Cultural Amambaiense. Música, dança, folclore, culinária. Arte é o produto consumido e distribuído. Destaque para a Associação Violas de São Gonçalo, entidade privada, sem fins lucrativos, atua junto com a Associação Cultural e surgiu com o objetivo de pesquisar e divulgar as riquezas culturais que estão ligadas à viola caipira e à cultura amambaiense.
Perseverança é a palavra chave e o caminho para romper barreiras, viabilizar novas adesões, realizar projetos e angariar recursos. Há de serem teimosos todos os artistas e os promotores culturais. Corajosos e obstinados também. Neste seara, não há tempo, nem espaço para desânimos. O cultivo é árduo, mas a colheita é certa. Amambai agradece.
Saiba mais sobre o Arráia
O Arraiá de São Gonçalo é uma festa junina privada sem fins lucrativos, cuja proposta é a integração de todos que participam de atividades na Associação Cultural Amambaiense e também famílias tradicionais de nosso município de Amambai, MS.
Nesse Arraiá, nada é comercializado, cada família convidada traz um prato típico (bolos, chipas, sopa paraguaia, pamonha etc.) e é feita a partilha. A Associação oferece quentão, milho verde cozido (se houver na época) e chás. Outras bebidas, cada um traz a sua.
Fonte: Viviane Viaut Moreira