Desde o mês passado, a Casa do Trabalhador em Amambai tem desempenhado um papel crucial no cadastramento e encaminhamento de trabalhadores indígenas para o serviço de raleio da maçã, uma iniciativa que visa não apenas fornecer oportunidades de emprego, mas também valorizar a mão de obra indígena.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Roberto Racchtiune, destacou que, até o final de novembro, aproximadamente 800 trabalhadores indígenas das aldeias de Amambai, Coronel Sapucaia e Paranhos serão contratados por empresas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul para trabalhar nos pomares de macieiras. Essas ações de cadastramento são realizadas pela Prefeitura de Amambai, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), Funtrab e o setor produtivo da cultura da maçã no estados do sul do País.
Durante o processo de registro na Casa do Trabalhador, os indígenas obtêm cartas de encaminhamento pessoalmente, que serão usadas pelas empresas na seleção dos trabalhadores. Essa abordagem busca evitar a terceirização precária da força de trabalho indígena.
Segundo o secretário, o trabalho dos indígenas abrange duas fases distintas. A primeira envolve o raleio da maçã e a segunda contará com trabalhadores que seguirão para a colheita entre o final de dezembro e o início de janeiro. Empresas contratantes assumem a responsabilidade de fornecer transporte, alojamento, alimentação e salários para os trabalhadores, contribuindo para o fortalecimento da comunidade indígena no mercado de trabalho.
“Além disso, é importante ressaltar que essa iniciativa não apenas cria oportunidades de emprego, mas também aquece o comércio local. Quando os trabalhadores indígenas retornam ao município, eles gastam seu dinheiro aqui, contribuindo para o desenvolvimento econômico local. Essa dinâmica beneficia não apenas os trabalhadores, mas toda a comunidade, fortalecendo os laços entre o setor produtivo, a população indígena e a economia regional.”, enfatizou o secretário.
Fonte: Raquel Fernandes/Secom