Na última terça-feira, dia 9, teve início uma série de reuniões em Amambai, envolvendo professores, representantes da promotoria e membros do Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e Proteção Social para Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência. O objetivo desses encontros é fornecer orientações aos professores, segmentados por turmas, para garantir que todos possam receber as informações necessárias.
As reuniões, que continuarão até o dia 17 deste mês, acontecem na Câmara Municipal de Amambai, com início às 18h30. O destaque desses encontros é a apresentação de resultados e a introdução de um formulário essencial, destinado a ser utilizado no caso de uma criança ou adolescente revelar qualquer situação de violência ou risco.
Este formulário não apenas fornece diretrizes claras sobre como agir, mas também inclui informações valiosas sobre como identificar sinais de violência e abordar adequadamente crianças ou adolescentes que possam ser vítimas.
O Comitê, que coordena ações entre diferentes áreas, como saúde, educação e assistência social, desempenha um papel vital na garantia de cuidados completos e proteção para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
O Promotor da 3ª Promotoria de Justiça de Amambai, Thiago Barbosa da Silva, participou ativamente da reunião, conduzindo uma dinâmica que destacou os desafios em torno da discussão de casos de violência. Dr. Thiago ressaltou que tais encontros já foram realizados com profissionais de outras áreas, como saúde e assistência social, demonstrando a abordagem interdisciplinar do comitê.
Desde a criação do Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e Proteção Social para Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência há dois anos, membros de diversas áreas têm trabalhado em conjunto para garantir um ambiente seguro e acolhedor para os estudantes.
Durante a reunião, a psicóloga da Secretaria Municipal de Educação, Elenice Santos, destacou a importância de ouvir e acolher as crianças que relatem experiências de violência. Ela ressaltou como a legislação atual, especialmente a Lei da Escuta Especializada de 2017 e o Decreto 9.603 de 2018, reduziram a revitimização das crianças ao limitar o número de vezes que elas precisam repetir seus relatos.
“Nossa missão como educadores é ouvir e proteger. Nós vamos tratar esses relatos como verdadeiros e encaminhá-los adequadamente, garantindo que a criança não precise repetir sua história inúmeras vezes”, afirmou.
Todos os professores terão acesso ao formulário e serão treinados para agir de forma sensível e eficaz quando confrontados com situações de violência ou risco. O objetivo é garantir que cada criança seja respeitada e tenha sua identidade preservada em todo o ambiente escolar, contribuindo assim para um ambiente mais seguro e acolhedor para todos os alunos.
Fonte: Raquel Fernandes/Secom