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domingo, 24 de novembro de 2024

Agricultor – Esse é o cara

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23/08/2017 16h01

Por Ney Magalhães

Fonte: Redação

TUDO É AGRO… Agricultor-Produtor Rural -Pecuarista-Sitiante -Chacareiro-Tratorista, Caminhoneiro, Fazendeiro, Tornearia do Osmar- NUTRIVET, Borracharia do Benjamim, AMPAGRIL, o Banco do Brasil, Cooperativas, por aqui somos todos do agro e atualmente
até a poderosa GLOBO usa esse tema para atrair propagandas regiamente pagas pelas Indústrias de insumos agropecuários.

E tudo nasce do árduo trabalho e do suor das famílias do Campo.
No cotidiano de nossas vidas interioranas encontramos também o marketing de cidades vizinhas que se dizem donas até de nossas TRADIÇÕES culinárias.

A Lingüiça de Maracajú , cuja herança vem de nossos avós que nas ultimas décadas de 1800 em carretas de Bois alcançaram este Sul do então Mato Grosso ainda Uno e povoaram as novas Fronteiras consolidando-as como Patrimônio Brasileiro.

O Tereré dos nativos Guaranys agora é do Pantanal é de Campo Grande e toma conta do Brasil urbano.

A Guavira dos campos fronteiriços de Barba de Bode, a saborosa e afrodisíaca frutinha nativa que provocava muitos amores e muitos namoros fronteiriços e acelerava casamentos mais do que em Carnavais…. transformou-se em sorvete e outras iguarias deliciosas, promovendo o Turismo de Bonito.

E agora surge uma nova alteração sobre a Sopa Paraguaya. Está sendo chamada de Sopa de Dourados.

O Brasil Rural começa a ser mais conhecido pelos urbanos após a expansão da Agricultura Mecanizada que com a alta tecnologia alcançada e implantada se transformou no motor da Economia nacional, sem, no entanto ter ainda suas atividades devidamente reconhecidas.
OS CARAS trabalharam, e acabaram de produzir as maiores safras de Milho, Carnes e Soja da historia e do histórico Brasileiro de todos os tempos, E SEM remuneração financeira pagaram para produzir. O AGRO agora é o Filé, o AGRO tá na GLOBO.

E os últimos governos estaduais, sendo cada um mais omisso e inoperante que o outro.

Sem Departamento de Estradas de Rodagens Estadual a exemplo de todos os outros Estados Brasileiros. Rodovias para escoamento das Lavouras de Produção chamadas de MS Estaduais são esburacadas enxurradas carroçáveis transitáveis somente com tempo seco. Tudo isso, apesar da Bitributação através do IPVA e do FUNDERSUL.

Armazéns do Estado ou da União…ZÉRO. Simplesmente não existem. Os que foram construídos pela CIBRAZEM e pela AGROSUL nos produtivos Governos Militares já foram vendidos para “companheiros” donos de empresas particulares.

Armazéns para Estoque Regulador de Preço eles nem sabem o que é isso.

Juros e encargos sobre o Custeio das Safras e Investimentos, atualmente são impagáveis pela atividade rural.
E não falamos ainda sobre a corrupção no setor de frigoríficos quando os dois últimos ex-governadores Zéca do PT e Pucinelli do PMDB estão sendo citados, junto com o atual Azambuja, seu secretário de Fazenda e alguns deputados estaduais.

A Mídia estadual e Nacional divulgou fartas matérias sobre as denuncias de diretores da JBS sobre o assunto que agora é alvo da Procuradoria Geral da União.

Ressuscitaram até a cobrança do FUNRURAL, uma Autarquia que foi muito bem instituída e prestou grandes e relevantes serviços ao setor rural e foi extinta com alto superávit de caixa.
Agora, depois do FUNRURAL extinto a contribuição está sendo cobrada novamente.
E, a alta alíquota de 2.3% sugou as últimas gotas de suor e sangue dos produtores rurais.

Em 1972/73 quando apoiamos a criação desse fundo, era de MEIO por cento sobre a comercialização anual de nossos produtos primários.

Logo no primeiro ano o dinheiro foi suficiente para aposentarmos com apoio logístico dos Sindicatos Rurais todos os Trabalhadores Rurais de idade avançada que jamais sonharam em receber tal beneficio. Foi um tempo de muita emoção para todos nós do Campo assistir a alegria e satisfação de MILHARES de ex-ervateiros sofridos dos Ervais, campeiros, agregados, meeiros e roceiros. Realizamos ainda naqueles anos diversos Convênios Médico-Hospitalares, Odontológicos, Ambulatoriais, Unidades Móveis e Construímos até um Hospital Regional exclusivo para o FUNRURAL em Ponta Porã. Embora a produção fosse pequena o MEIO % era bem aplicado.

Como se não bastassem esses problemas aconteceu a queda do dólar e a baixa das principais comodites de Soja e Milho nossos principais produtos agrícolas regionais.

Carnes e Grãos perderam nesta Safra 25% do seu valor e sendo assim os produtores rurais gastaram mais do que os preços recebidos. Portanto pagaram para trabalhar. Os arrendatários ficaram com seus projetos inviabilizados.

Estão massacrando os produtores de alimentos. Que será do MS sem o agronegócio fluente?
Nota: Observem que não falei de Invasões de Propriedades/CNBB/FUNAI/MST e outros.

Produtor Rural 82 anos na ativa em Amambai e Dourados.

Ney Magalhães

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