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sábado, 23 de novembro de 2024

Como é que o nosso estômago não digere ele mesmo?

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28/09/2017 11h00

Fonte: Mega Curioso

Como você sabe, o estômago faz parte do sistema e digestivo e é um dos órgãos envolvidos na digestão dos alimentos que consumimos. Pois é em suas paredes que se encontram as glândulas gástricas, as estruturas responsáveis por produzir e liberar o suco gástrico, um líquido claro que ajuda a “decompor” o que comemos.

Essa substância é composta principalmente por água, enzimas, sais inorgânicos — uma pequena quantidade de ácido láctico — e uma bela dose de ácido clorídrico, uma solução altamente corrosiva que ajuda a transformar o bolo alimentar em uma massa pastosa chamada quimo. Mais tarde, essa massa vai para o intestino delgado, onde o processo de digestão continua e os nutrientes são absorvidos e liberados na corrente sanguínea.

Barreira de proteção

Mas, voltando ao estômago, se ele produz e libera um ácido tão poderoso — capaz inclusive de dissolver alguns metais! —, como é que o órgão não digere ele mesmo? A resposta está no fato de o corpo humano ser uma máquina simplesmente incrível. As paredes internas do estômago são revestidas por células epiteliais que secretam uma camada de substância viscosa e aderente que evita que o suco gástrico corroa órgão.

Essa camada — também chamada de muco —, além de funcionar como uma barreira física entre o suco gástrico e as paredes do estômago, ela ainda atua como um agente que neutraliza a ação do ácido clorídrico. Só que, infelizmente, essa camada de revestimento não é completamente infalível. Você já ouviu falar das úlceras, certo?

Elas surgem quando a barreira de muco é rompida e o suco gástrico começa a corroer as paredes estomacais. Em outras palavras, as úlceras são o resultado do estômago digerindo ele mesmo! Entre os principais sintomas estão dor constante na região abdominal, náusea, ardor, perda de apetite e eructação, e se não forem tratadas, essas lesões podem continuar evoluindo até causar obstruções gástricas, perfurações gastrointestinais, hemorragias e inclusive a morte.

Vários fatores podem levar ao surgimento de úlceras, mas, entre os mais comuns estão o estresse, o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcóolicas, o uso de anti-inflamatórios não esteroides e a infecção pela bactéria Helicobacter pylori.

O tratamento, evidentemente, envolve “cortar o mal pela raiz”, isto é, deixar de fumar, beber com moderação, suspender o uso de certos medicamentos e tentar levar um estilo de vida mais tranquilo. No caso da H. pylori, a terapia é realizada por meio de uma combinação de fármacos e antibióticos.

Foto: Divulgação

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