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sábado, 23 de novembro de 2024

A última estação, por Diobelso Teodoro de Souza

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17/04/2019 13h03

Fonte: Redação

A antiga estação Diretor Pestana
Faz pertencimento a um vagão desvencilhado
E fora do tempo.

A melancolia certeira, na sequência das horas,
Desliza pelos trilhos encolhidos.

Janelas vagarosas são revezamentos
De imagens inúteis e fotografias.
Misturas imperfeitas
Das lembranças das coxilhas
De um passageiro do tempo.

Bagagens incompletas
Ainda retêm nas paredes
Da cidade grande:

O cheiro acumulado
De mato, de pasto,
E de animais do quéchua pampa.

Este poema, escrito em 1978, por Diobelso Teodoro de Souza e recebeu o 3º Lugar e Mençao Honrosa no Concurso Nacional Literário do Sintrajufe/RS e Mário Quintana.

“Foi baseado num rapaz que conheci quando viajava de trem do Interior do Rio Grande do Sul para Porto Alegre em 1978. O Cara iria se aventurar em Porto Alegre, tentar se ingressar no Exército ou se não desse certo, trabalhar na construção civil, em um açougue ou ainda em um mercado”, explicou o autor.

A obra será recitada na noite desta quarta-feira (17) pelo radialista, escritor, advogado e exímio declamador Odil Puques, durante um sarau, ue acontece no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinela de Amambai, a partir das 19h.

Diobelso é médico e membro da Academia Amambaiense de Letras

A última estação, por Diobelso Teodoro de Souza

A última estação, por Diobelso Teodoro de Souza

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