04/06/2021 13h39
Saiba quais foram as mudanças de escalação promovidas pelo técnico do
Manchester City antes de ser derrotado pelo Chelsea na final do torneio
Fonte: Assessoria
O Chelsea se tornou, pela segunda vez, campeão da Europa no último sábado – o clube de Londres venceu a final da Liga dos Campeões da Uefa, que foi disputada entre dois clubes ingleses na cidade do Porto, em Portugal. O Chelsea venceu o Manchester City por 1 a 0.
A imprensa recebeu o resultado da partida muito mais como uma derrota do City do que uma vitória do Chelsea. O City tem como técnico Pep Guardiola, o catalão que já entrou para a história do futebol, e era o favorito das casas de apostas e dos analistas e comentaristas ao redor do mundo.
A final colocou o técnico do Chelsea, Thomas Tuchel, contra o seu ídolo, Guardiola, o técnico mais influente da era atual do futebol. O método de Guardiola de mudar as posições dos jogadores e fazer com que eles se aprimorem em funções diferentes das quais estão acostumados é uma unanimidade que se disseminou pelo mundo todo.
Guardiola venceu a Liga dos Campeões duas vezes, ambas no comando do Barcelona, em 2009 e 2011. Em 2016, ele assumiu Manchester City, que nunca na história havia sido campeão da Liga. A contratação de Guardiola faz parte do projeto dos proprietários árabes do clube de transformar o City em uma grande força do futebol europeu através de um orçamento bilionário, algo que se tornou muito comum na Europa. A culminação desse processo seria conquistar a taça da Liga dos Campeões, e Guardiola tem contrato até 2023 para isso.
Neste ano, o City chegou, pela primeira vez, à final do torneio. Para enfrentar o Chelsea, Guardiola surpreendeu na escalação da equipe. A formação que entrou em campo pelo City no último sábado era inédita.
Ele não escalou o volante Fernandinho, capitão do time, nem o meia Rodri – algo que só tinha acontecido em um dos últimos 60 jogos. Guardiola colocou em campo Raheem Sterling, em uma posição de ataque, e İlkay Gündoğan, que precisou atuar como primeiro volante e marcar N’Golo Kanté, que se mostrou o grande nome do Chelsea.
Como resultado, Gündoğan ficou sobrecarregado. A nova formação da equipe deixou os jogadores do City confusos e inseguros. Enquanto isso, o Chelsea estava confiante e eficiente e, assim, dominou o jogo. O gol do clube de Londres foi mercado pelo meia alemão Kai Havertz aos 42 minutos do segundo tempo.
A ocasião anterior em que o Chelsea ganhou a taça da Liga dos Campeões foi em 2012, contra o Barcelona. O técnico Thomas Tuchel assumiu a equipe há apenas quatro meses, em janeiro, época em que ninguém imaginava que o clube poderia se tornar campeão europeu nesta temporada. No ano passado, Tuchel era técnico do Paris Saint-Germain quando o clube francês perdeu a final da Liga para o Bayern de Munique.
A final contra o Chelsea final pode ser considerada o jogo mais importante da história do Manchester City. Vencer a Liga dos Campeões era um objetivo não só do clube como também do próprio Guardiola. O City era favorito, mas havia perdido os últimos dois jogos contra o Chelsea – e, nas vezes anteriores em que Guardiola tentou fazer inovações dentro de campo em jogos da Liga, acabou se dando mal. Apesar de tudo isso, Guardiola arriscou e montou uma escalação que nunca tinha sido testada antes para essa final.
O estilo de Guardiola é esse: inovar e testar diferentes possibilidades. Ainda assim, fica a pergunta se era necessário fazer isso em plena final da Liga dos Campeões. O técnico se defendeu dizendo: “Decidi ter jogadores de qualidade. Gündoğan jogou muitos anos nesta posição. Ter velocidade, qualidade e jogadores brilhantes dentro, no meio e nas entrelinhas. Esta foi a decisão”. Assim, o técnico mais influente do mundo fica mais um ano sem a taça do maior torneio europeu.