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domingo, 24 de novembro de 2024

De macaco dentro do forno a onça parda no centro de Dourados, PMA resgata 5,2 animais silvestres por dia

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De macaco dentro do forno a onça parda no centro de Dourados, PMA resgata 5,2 animais silvestres por dia

Em 2022, a Polícia Militar Ambiental (PMA) capturou mais de 1900 animais silvestres nas vias urbanas e rodovias em Mato Grosso do Sul. A média foi de 5,2 bichos capturados por dia.

O número de animais resgatados em 2022 diminuiu 33% em comparação a 2021, quando foram 2.841. É a primeira vez, desde 2018, que acontece uma diminuição no número de animais resgatados.

No ano passado, 99 animais silvestres foram resgatados depois de serem vítimas de atropelamentos: 65 capturados em rodovias federais ou estaduais e 34 nos centros urbanos.

De macaco dentro do forno a onça parda no centro de Dourados, PMA resgata 5,2 animais silvestres por dia

Segundo a assessoria de imprensa da PMA, o motivo dos animais circularem pelas vias urbanas e rodovias é a degradação do meio ambiente, potencializada pelo desmatamento, a seca e outros fatores que reduzem o habitat e alimento dos bichos, que cada vez mais, precisam percorrer maiores distâncias na migração em busca de alimentos e abrigos e acabam adentrando locais inadequados, como casas e edifícios.

A maior parte desses animais são encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), localizado na Capital. No interior alguns são soltos nas redondezas, depois de laudos de veterinários e de biólogos.

Médico veterinário do Cras, Lucas Cazati conta que animais já foram resgatados nas mais diversas situações. “Já precisamos tirar uma onça parda do centro de Dourados e um macaco de dentro de um fogão em Campo Grande”, contou. Quando necessário, ele participa do resgate dos animais.

O Cras faz um trabalho para recuperar e, sempre que possível, devolver os animais à natureza. Entre as iniciativas pioneiras está o uso de uma impressora 3D para a confecção de próteses para os bichos.

“O benefício que a impressora 3D nos traz é a produção de órteses e próteses aos animais mutilados, vítimas de atropelamento, os quais perderam membros, dedo, bico. Hoje, nós temos um tucano no CRAS que não tinha bico e consegui confeccionar um para ele”, contou. O médico veterinário conclui que o bicho já está se alimentando bem e, em breve, será encaminhado para alguma instituição.

Fonte: João Pedro Flores, do Programa de Estágio Supervisionado – com informações da PMA

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