A colheita do milho segunda safra avançou por aproximadamente 608.685 hectares até o dia 4 de agosto em Mato Grosso do Sul e deve acelerar a partir desta data, conforme levantamento feito pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) a partir de contatos com empresas de assistência técnica, produtores, sindicatos e empresas privadas nos principais municípios que cultivam o cereal.
Compilados no mais recente boletim Casa Rural, divulgado na terça-feira (8) por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), os dados indicam que as máquinas colheram 26,2% dos 2,325 milhões de hectares cultivados nesse ciclo produtivo.
Com 91,6% das lavouras em boas condições, 7,1% regulares e apenas 1,3% ruins, a estimativa de produtividade média é de 80,33 sacas por hectare, resultando em uma expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas.
Até agora, a região centro está com a colheita mais avançada, com média de 33,7%, enquanto a região norte está com 29,5% e a região sul com 23,3%. O Siga-MS indica que os trabalhos ainda estão lentos no Estado, mas aponta expectativa de que o pico ocorra a partir de 4 de agosto. “Nesse período, grande parte da produção estará em estágio avançado de maturação”, detalha.
A publicação pondera que nesta safra houve “aumento da infestação do Sorghum halepense, também conhecida como capim-massambará ou vassourinha”. “Essa monocotiledônea da família Gramineae, originária da África, está causando problemas na entrega de cargas. É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação”, informa.
Em relação ao mercado interno, o boletim Casa Rural revela desvalorização de 3,45% no preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul entre 31 de julho e 7 de agosto, com negociações ao médio de R$ 38,50 no fim desse período.
“De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, as maiores desvalorizações no período ocorreram nos municípios de Ponta Porã, Maracaju e Dourados, com desvalorização na ordem de 7,14%, 6,10 e 6,10%, respectivamente”, acrescenta.
Já o valor médio para o período, de R$ 39,20 a saca, representou queda de 41,80% em no comparativo com o mesmo período de 2022, quando chegou a R$ 67,35.
Quanto à comercialização do cereal, o Siga-MS cita levantamento realizado pela Granos Corretora, segund o qual até 7 de agosto o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 34,12% do milho 2º safra 2023, que representa 3,12 ponto percentual acima do índice apresentado em igual período de 2022.