09/08/2011 14h14 – Atualizado em 09/08/2011 14h14
Fonte: Mídia Max
Editorial do jornal eletrônico Mídia Max News em 7 de agosto de 2011 sobre as eleições para a nova diretoria da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) que aconteceram nesta terça-feira, 9, reelegendo o atual presidente Chico Maia.
Ao longo de seus 74 anos, a Acrissul tem em sua história passagens que em cada época os protagonistas de sua idealização e construção enfrentaram obstáculos diversos, vencidos através do atributos próprios que marcam a vida do produtor rural, brasileiro que tem em si o espírito de servir ao país ganhando o sustento de sua família alimentando a nação.
É esta força que brota do interior de cada um deles que forjou a capacidade de empreender, enfrentar e vencer desafios.
E, para isso, com o mesmo afinco que conduzem suas atividades, fizeram da Acrisssul a voz daqueles que escolheram esse esplendoroso pedaço de chão denominado Mato Grosso do Sul para atuar no setor rural.
Pois bem, hoje como em tantas outras datas memoráveis, os produtores, com o perdão daqueles que ultrapassaram barreiras que pareciam instransponíveis no passado, os associados têm diante de si um teste de sobrevivência.
Certamente, pela primeira vez, um “corpo estranho” decide, com sua sede inesgotável de poder e vingança, “tomar de assalto” a Entidade.
O governador André Puccinelli, conhecido por não aceitar o contraditório e conviver rodeado de quem se sujeita a elogiá-lo e obedecê-lo, voltou-se contra a Acrissul desde que a atual diretoria, em seu voto na comissão de gestão do Fundersul, cobrou transparência e democratização na aplicação dos recursos do Fundo, exclusivamente arrecado sobre a comercialização de produtos rurais.
A “ira” de sua excelência chegou ao ponto de o governo do Estado não aplicar um centavo sequer na maior Feira Agropecuária de Mato Grosso do Sul, a Expogrande. E, para desespero do govenador, a feira foi um sucesso.
Chico Maia, “plagiando” Puccinelli, buscou na fada-madrinha Dilma o apoio negado pelo governo do Estado para realizar a Feira. Por conta disso, os adversários de Maia dizem que ele politizou a Entidade.
Quanto à cobrança de transparência do Fundersul, a cruzada da presidente Dilma para estancar a corrupção instalada pelo PR, partido que tem como expoente em MS o deputado Giroto, demonstra que a Acrissul acertou em sua postura. Dilma já nomeou um general para administrar o Dnit. Quiçá tenhamos um coronel para comandar o Fundersul.
E, como sempre faz, Puccinelli, com a força da caneta, submete terceiros a “laranjar” suas empreitadas. Pelas mãos dos secretários Thereza Cristina e Osmar Jeronymo, e do deputado Giroto, formou a chapa adversária com Zeito e, pasmem, Osvaldo Possari, talvez o homem que sofreu a maior humilhação na política de Campo Grande imposta exatamente por Puccinelli.
Zeito foi duas vezes presidente do sindicato Rural de Campo Grande e, tal como seus colegas que hoje gerem a Famasul, jamais teve voz contra o governo do Estado para defender o interesse de seus representados.
Submetido às práticas italianas, mesmo tendo participado das reuniões de prestação de contas e encaminhamento do processo eleitoral, Zeíto só quebrou o seu silêncio para questionar o inquestionável.
A Acrissul de hoje, afora o endereço, não tem nada a ver com a situação pré-falimentar em que se encontrava há três anos atrás.
Aliás, é bom lembrar que Chico Maia e seus colegas de trabalho foram os únicos que aceitaram suceder Laucídio Coelho. O vice de Zeito, Possari, foi um dos que recusou a tarefa, tamanho era o “abacaxi”.
Chegou o dia, os produtores têm diante de si o poder mais soberano e democrático para decidir a questão: o voto.
E o voto de hoje, no seio da classe, ganhou o apelido de voto “Dom Pedro”: Independência ou Morte!