O Mato Grosso do Sul vive um dos melhores momentos da sua história, com um ambiente de negócios estrategicamente consolidado e investimentos públicos importantes em infraestrutura e logística. O Estado possui uma das menores taxa de desocupação do Brasil, com 3,3%. A média nacional gira em 7%. Segundo dados da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), o MS possui hoje em torno de 5.400 vagas de emprego em mais de 500 ocupações.
Para acompanhar este ritmo de crescimento e de evolução econômica, as empresas instaladas necessitam de pessoas e estão dispostas, assim como o Governo do Estado, em oferecer qualificação profissional gratuita em diversos setores. Algumas destas necessidades de mão de obra são transversais, ou seja, a profissão escolhida pelo trabalhor ou trabalhadora serve para qualquer corporação privada. Somente o setor de celulose está investindo R$ 75 bilhões no Estado. Já a área de bionergia deve investir, nos próximos anos, cerca de R$ 6 bilhões em novas plantas fabris.
O Estado desponta com transformações em logística, geração de emprego e melhoria da qualidade de vida e da renda da população. Com foco na segurança alimentar, transição energética, sustentabilidade e inclusão social, o Mato Grosso do Sul tem políticas públicas específicas baseadas nos eixos “digital, verde, próspero e inclusivo”.
“O Estado está num momento de atratividade indiscutível e as pessoas precisam enxergar as oportunidades que hoje estão passando diante de seus olhos. Há uma onda gigante de chances, mas é preciso romper esta inércia, pois novas profissões e funções irão surgir rapidamente e depois se estabilizarão neste novo cenário econômico. O Governo de Mato Grosso do Sul está sensível a esta pauta, oferecendo qualificação para suprir uma lacuna que as empresas apontam, inclusive, com carreiras em novas áreas e surgimento de cursos técnicos ou de nível superior. Precisamos mobilizar jovens e outras pessoas da população economicamente ativa para este momento, de surfar nesta onda, em profissões que estão nascendo junto com o desenvolvimento econômico do Estado”, explica o secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Esaú Rodrigues de Aguiar Neto.
De acordo com o secretário, o Governo do Estado trabalha de uma maneira muito alinhada à atratividade do desenvolvimento econômico, em setores como celulose, citricultura, bioenergia, logística, proteína animal e mineração.
“Hoje, por exemplo, há uma demanda muito grande por motoristas. Temos o ‘Programa Voucher Transporte’, no qual custeamos a troca de categoria de habilitação para motoristas. A absorção é praticamente imediata pelas indústrias. Uma outra área que nós já fizemos um programa foi na área de Tecnologia da Informação. As empresas instaladas aqui possuem muita tecnologia embarcada dentro do seu processo produtivo, e nós desenvolvemos uma qualificação para jovens na área de TI, o ‘Voucher Desenvolvedor’, promovido pela Semadesc e SED (Secretaria de Estado de Educação), em parceria com o Senac”.
Atualmente, 13 turmas com 288 alunos estão no segundo semestre da formação técnica e 80 novos alunos iniciaram em setembro o curso nos municípios de Corumbá, Ponta Porã e Três Lagoas”, acrescenta o secretário.
De acordo com o secretário, na cadeia de transversalidade industrial, existem profissões que atendem todas as empresas como a de técnico em manutenção industrial. “A empresa vai moldar este funcionário dentro da particularidade que necessita”. A adaptabilidade é um dos principais requisitos. Ele avalia também que novas profissões e funções devem surgir ao longo dos anos.
Mercado promissor e transformador
Orgulhosa do seu trabalho, Gilaine Aparecida Silva de Oliveira, de 37 anos, é colaboradora da Eldorado Celulose. Ela lembra que entrou para a empresa em fevereiro de 2014. Hoje, faz o curso de tecnólogo em gestão de RH e possui habilitação como motociclista.
“Nossa já faz muito tempo, 10 anos”. A Eldorado me proporcionou muitas coisas, desde as minhas coisas dentro da minha casa, até mesmo para a saúde dos meus filhos e as necessidades deles. Não tem coisa mais gratificante do que você entrar numa loja de roupa ou de brinquedo, e você poder dar isso para os seus filhos, além da alimentação. Eu sou mãe solo e consigo dar todo o suporte para os meus filhos por meio do meu trabalho”, afirma animada a auxiliar de serviços gerais.
O advogado Wander Medeiros da Costa explica as vantagens de estar no mercado de trabalho de maneira formal, com registro em carteira de trabalho, contribuição previdenciária, FGTS, 13º salário, entre outros benefícios, além de uma ascensão profissional e a vantagem de estar fora da insegurança do trabalho nas ruas ou vendas incertas.
“Este modelo de contratação de vínculo de empregatício permite ao colaborador todo um sistema de segurança do trabalho que são as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego que regulamenta como que deve se exercer determinada atividade para cada profissão”.
Além do vínculo empregatício, o advogado ainda esclarece que o empregado pode se estabelecer como MEI (Microempreendedor Individual), que é outro procedimento legal para se estabelecer no mercado de trabalho.
Ele também ressalta que a contribuição previdenciária recolhida pela empresa garante no futuro uma aposentadoria.
“Um trabalhador está contratado formalmente com o vínculo de celetista (Consolidação das Leis do Trabalho), ele passa a ter uma garantia de acesso a um mínimo de direitos e contrapartidas pelo trabalho que ele presta. O trabalhador ou trabalhadora tem, por exemplo, direito a férias remuneradas a cada 12 meses de trabalho e o adicional de um terço. Outra vantagem, do vínculo com o INSS dá uma série de coberturas para ele. Se ele adoece ou sofre um acidente receberá o benefício do INSS sem perda salarial com afastamento do trabalho superior a 15 dias.
Sobre os benefícios, Gislaine conta o que a empresa oferece. “Tenho vale-alimentação, PPR (Plano de Participação nos Resultados) e o plano de saúde, que é uma benção. Eu já tinha dois filhos quando entrei na Eldorado. Depois tive a Yasmin, em 2017, e no ano passado chegou a Maria Helena”.
O analista da segurança patrimonial, Jehiel Barbosa Sandoval Júnior, chegou em Três Lagoas há 12 anos para trabalhar na Eldorado. Começou na empresa como vigilante terceirizado, e em 2014, passou a integrar o quadro efetivo da empresa.
“Eu não imaginava que eu ia chegar onde eu cheguei. Eu tive que aprender muita coisa”, completa.
Fonte: Alexandre Gonzaga, Comunicação do Governo de MS