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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

A grande Amambai

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29/09/2011 13h29 – Atualizado em 29/09/2011 13h29

  • Artigo de Ney Magalhães

A vasta região iniciada nas cabeceiras do Rio Amambay e que pela sua margem direita sinuosamente irriga e contorna este Território até alcançar o Paranazão, pelas suas águas desenha a divisa natural do setor norte.
Ao sul, os marcos física e geograficamente demarcam a fronteira com o Paraguay.
Após a guerra da Tríplice Aliança que envolveu os aliados Brasil, Urugauy e Argentina mobilizados belicamente contra o Marechal Francisco Solano Lopez foram elaborados diversos acordos sobre a ocupação territorial de cada País e esta zona então conhecida como Sacaron e Nhú-Verá passou a ser denominada como PATRIMONIO DA UNIÃO.
Com os Tratados em andamento a zona contestada poderia passar a integrar o território Paraguayo.

Naquele final de século dezenove e principio do século vinte começavam a chegar do Rio Grande do Sul os primeiros pioneiros em suas caravanas de carretas de bois, pretendendo ocupar as terras recentemente conquistadas. As informações conhecidas indicavam que a o território Brasileiro iniciava-se na margem esquerda do Rio Amambay, assim os colonizadores ultrapassavam essas águas para então buscar as terras prometidas e oferecidas pelo Governo Federal.

O Patrimônio da União foi ocupado inicialmente pela Companhia Mate Larangeiras, concessionária da extração de Erva Mate por contrato inicial de 1898 com o Governo do Paraguay e também com o Governo do Brasil, podendo agir no Norte Paraguayo e no Sul do Estado de Mato Grosso, com extensão à margem esquerda do Rio Paraná, tendo na ocasião fundado e criado a cidade de Guayra e Porto Mendes.

Naquele inicio de 1900 as terras do Rio Grande do Sul já estavam tomadas por grandes latifúndios de coronéis políticos oriundos das lutas pela Independência. E então, nossos valentes e corajosos avós arrearam a tropa e colocando a canga nos bois vieram tomar posse deste Patrimônio da União com terras devolutas.

A sede do Município era na distante Nioaque, e ali deveriam ser registrados os filhos, efetuados os casamentos civis e os outros atos oficiais. Em 1912 emancipou-se o município de Ponta Porã e logo a seguir foi criado o Distrito de Paz de União.
União foi por alguns anos o distrito mais importante inclusive elegendo Prefeitos e Deputados no município sede que era Ponta Porã.

O amambaiense Pedro Manvailler foi prefeito do Município e outro filho de Sacaron o Adjalmo Saldanha elegeu-se Deputado Estadual.

Em 1948 o agrônomo Liciio Proença Borralho que havia sido eleito Deputado Estadual pelo PTB/PSD de Amambaí cumpriu sua promessa conseguindo a 28 de setembro emancipar o Distrito de União, criando o Município de Amambaí.
Nascia assim A GRANDE AMAMBAI, conforme nos ensina o Professor Miro no seu livro Amambaí-Memorias e Historias de Nossa Gente.

Nesta semana aqui no “site” www.amambainoticias.com.br anotei e li a recomendação sobre a situação do Museu de Amambaí – José Alves Cavalheiro.
E é sobre este Professor e Historiador que eu quero falar neste Aniversario do Município.

Sábios filósofos dizem que os velhos devem ser ouvidos e que suas historias devem ser divulgadas. Quando não se escreve, tudo se perde no tempo.
Talvez seja essa uma grande omissão dos atuais Políticos que dirigem nossos destinos, sem preservar a Historia que é o Patrimônio Cultural do Povo.
O Museu é a Casa da Cultura de Amambaí, visite-o enquanto o Professor Miro está vivo e com saúde.

E como estamos no limiar de mais uma contenda eleitoral é oportuno lembrar que o Museu de Amambaí precisa da ação dos poderes públicos e naturalmente dos atuais políticos, por enquanto o Historiador está só, apesar de deter naquele espaço cultural um rico acervo de relíquias que dignificam nosso passado. Vale a pena conferir.
Por favor senhor prefeito, senhores vereadores e demais autoridades constituídas, visitem o Museu e conheçam melhor A Grande Amambaí do passado para melhor administrarem o presente e o futuro.

Agendar uma visita ao Museu José Alves Cavalheiro nesta semana do 63º aniversario do Município pode ser um bom presente para cada cidadão que aqui reside.

Vista aérea de Amambai.

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