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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Com as barbas de molho

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20/12/2011 16h21 – Atualizado em 20/12/2011 16h21

Fonte: R. Ney Magalhães

Falando na crise Mundial em seu artigo desta semana meu ponderado companheiro Waldir Guerra alerta a sociedade como um todo, sobre os últimos acontecimentos relativos ao agronegócio.

As intempéries climáticas da primavera que acabamos de atravessar foram e continuam extremamente negativas para a produção de carnes e de grãos, que são o sustentáculo básico da economia Estadual.

A falta de chuvas com dias de calor intenso, e com noites e madrugadas bastante frias, estão causando grandes prejuízos.

Os capins das pastagens não se desenvolvem, e existem lavouras de soja plantadas há mais de trinta dias sem conhecerem nenhuma gota de chuva.
Não bastasse a já comprovada diminuição de produtividade desses alimentos destinados ao consumo interno e a exportação, assistimos a desvalorização das commodities cujos preços se achatam a cada pregão das Bolsas Internacionais.

Assim a crise já nos alcançou com significativas baixas nos valores dos produtos primários do MS. Até porque somos um Estado que exporta grãos não industrializados.

E na pecuária a comercialização do gado chamado “magro”, onde se incluem os bezerros destinados a recria e engorda, por culpa do clima seco e da baixa procura por “carnes” tiveram seus preços aviltados em mais de 20%.

Os últimos Leilões em “tatersal” ao vivo foram de um fracasso total.
Basta também assistir aos Leilões virtuais dos diversos Canais de TV para que isso seja comprovado.

E assim os Frigoríficos também pagam um valor menor pelos animais terminados.

Por outro lado, incoerentemente, por culpa da vertiginosa sanha governamental na corrida da majoração de Impostos, infra-estrutura deficitária e encargos no transporte, industrialização e comercialização, alem do Custo Brasil em despesas sociais/trabalhistas, a dona de casa que chega aos Super Mercados encontra os preços das carnes cada vez mais altos.

E sempre é induzida a colocar a culpa no produtor rural, que no MS é pejorativamente chamado de fazendeiro ou latifundiário.
Esta injusta imagem que se formou dos produtores de alimentos atualmente é usada para ainda mais denegrir a categoria profissional geradora das primeiras e principais riquezas estaduais.

Nós, os ex. “jeca-tatu” de chapéu de palha, usuários de terras absolutamente legais perante a Constituição Brasileira, e detentoras de Certidões Cartoriais Centenárias de títulos de propriedade, quando por exigência da tecnologia em busca da produtividade ao utilizarmos veículos ou sofisticadas máquinas agrícolas, somos maldosamente taxados de perdulários, invasores de terras indígenas e destruidores da Natureza.

Nesse sentido, partindo de determinadas Cátedras Universitárias e de outros salões refrigerados de alguns setores da Igreja, ONGs e mesmo de determinados partidos políticos, diariamente são inseridos na mídia estadual artigos que formam opinião diversa entre os incautos cidadãos urbanos.

A CNA- Confederação Nacional da Agricultura e a FAMASUL- Federação da Agricultura do MS, que recebem da classe produtora a opulenta Contribuição Sindical deveriam repassar parte desses recursos para essa mesma Mídia, restabelecendo as verdades, mesmo assim, “botando as barbas de molho”, pois quando o “direito de propriedade” é desrespeitado, aproxima-se o FIM da PAZ e da Democracia.

Produtor Rural em Amambaí.
[email protected]

Com as barbas de molho

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