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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Porque sempre voltamos a falar em Educação

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17/03/2012 08h13 – Atualizado em 17/03/2012 08h13

  • Artigo de Rosildo Barcellos

“Livre, livre. Meus olhos seguirão ainda que meus pés parem”. Lembro que estas foram as últimas palavras que deixou escritas Jokin Zeberio, de 14 anos, antes de arrojar-se ao vazio com sua bicicleta, do alto da muralha de Hondarribia, Espanha, em setembro de 2004. Jokin vinha sofrendo agressão de seus colegas havia anos. As contínuas ameaças, humilhações, insultos, pancadas, surras, o fizeram sofrer e o levaram à morte. Na época o feito fez soar o alarme social político e educativo, e gerado muitos debates sobre o que caracterizamos atualmente como Bullying, que antes de mais nada é uma palavra inglesa que significa intimidação.

É obvio que antes de qualquer análise temos dois grandes problemas que nos tempos atuais deveremos enfrentar. Temos pais que trabalham fora e não tem mais tempo de acompanhar as atividades dos filhos e sem contar com tantos outros que tem pais separados e não podem contar com a educação bilateral, estes muitas vezes ( ainda bem) alavancados pelos avós mas que carecem de apoio familiar.Isso resulta numa grande pressão pela evasão escolar e quando tenta se reverter a situação simplesmente aceita-se os equívocos dos alunos e promovem-no sem uma devida formação para a série imediatamente superior.

Evidente que a reprovação de um aluno é algo temeroso, que tem repercussões negativas que ultrapassam sua vida escolar. Assim como o peso do fracasso e o estigma de repetente podem reduzir suas chances de aprendizagem, também sua personalidade pode ser afetada. Em conseqüência da reprovação, o aluno pode desenvolver um conceito negativo que o leve a abandonar os estudos;todavia tem de ser analisado caso a caso, considerando os conceitos iniciais de esperança e amor;ditos claro no sentido mais amplo da palavra.

Não podemos esquecer que os fins da educação indicam os rumos da ação educativa, os princípios básicos que irão norteá-la, tendo presente o verdadeiro sentido da existência humana. Enquanto a ciência avança é dever da educação proporcionar o instrumento necessário para acompanhar essas transformações, despertando o ideal de busca, da pesquisa e da atualização constante.O pleno desenvolvimento do educando supõe um educação integral, que considere o homem não só como indivíduo, mas também como participante de uma sociedade. A escola tem hoje, com justa razão, a preocupação de conquistar o apoio da comunidade, considerando-o relevante para uma atuação eficaz.

Estamos vivendo um novo tempo da educação brasileira com imensos desafios a serem enfrentados com determinação e espírito crítico.Ou seja, os pais tem de participar da vida escolar de seus filhos. Não podemos mais esperar melhoras se cada família não traz para si a responsabilidade de que aquela criança será o futuro cidadão ou um futuro amante da criminalidade. Então vamos todos participar. Se percebeu que seu filho caminha descompassado, não aprende,não participa ou está indo para um caminho tortuoso ou sem luz;apresente-se,oriente-se a você mesmo e aos seus pares,assim pais, professores e comunidade em geral, estaremos finalmente recuperando a esperança no amor através da educação. Não vejo outro caminho!

  • Articulista – autor do livro Histórias e Estórias que a Vida nos faz Contar

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