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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Hegemonia ou renascimento? Chelsea e Barça duelam em Londres

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18/04/2012 09h57 – Atualizado em 18/04/2012 09h57

Fonte: Globo Esporte

Na teoria, é mais um duelo com amplo favoritismo do Barcelona. O atual campeão espanhol, europeu e mundial tem pela frente um Chelsea para muitos em sua temporada derradeira com uma geração que alçou o clube inglês à potência graças à fortuna de Roman Abramovich na última década. Mas que fique claro: trata-se apenas de uma teoria, algo que não representa muito no futebol, e ingleses e catalães dão nesta quarta-feira, às 15h45 (de Brasília), no Stamford Bridge, o pontapé inicial para uma semifinal que promete ser fantástica pela Liga dos Campeões da Europa.

Renascidos após uma temporada dada como fracassada há menos de dois meses, culminando inclusive com a demissão do treinador André Villas-Boas, e com “dispensas” iminentes para determinar o fim de um ciclo, os medalhões dos Blues mostraram que até podem ser complicados, mas ainda têm lenha para queimar. Sob o comando do italiano Roberto Di Matteo, que assumiu como interino e tem obtido sucesso,Terry, Lampard, Drogba e companhia voltaram a se destacar, reverteram uma eliminatória complicada diante do Napoli, bateram o Benfica e disputam a sexta semifinal de Champions nos últimos nove anos. O clube londrino, entretanto, tem pela frente justamente o responsável pelo mais traumatizante revés.

Nem mesmo a queda nos pênaltis na decisão de 2008 foi tão marcante como o “Iniestazo” da semifinal do ano seguinte, num empate que o próprio Lampard qualificou como “a pior derrota”. O chute do camisa 8 da entrada da área nos minutos finais da semifinal do dia 6 de maio de 2009 (assista no vídeo ao lado) garantiu o 1 a 1 no placar, levou o Barça à primeira final de Champions da Era Guardiola e acirrou a rivalidade em um confronto marcado pelo equilíbrio.
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Pedra no sapato de Messi, Chelsea tem estatísticas como trunfo para bater o Barça

Se o Barça de hoje atropela rivais como fez com Bayer Leverkusen e Milan, diante dos Blues a tarefa costuma ser complicada: ao todo foram dez jogos em cinco confrontos mata-mata de ida e volta; três vitórias para cada lado, quatro empates, mas três classificações catalãs contra duas inglesas. Além disso, o grande nome da partida, Lionel Messi, nunca marcou diante dos ingleses: foram seis partidas e nada de gol, algo raro para quem é, aos 24 anos, o maior artilheiro da história do Barcelona.

Retrospecto que indica equilíbrio no confronto cujo vencedor encara na decisão, em Munique, no próximo dia 19 de maio, o ganhador do embate entre Bayern e Real Madrid. No primeiro jogo, vitória dos alemães por 2 a 1.

No Chelsea, confiança e preocupação

Reserva em muitos jogos na Era Villas-Boas, Lampard voltou a ser referência no Chelsea com a troca do português por Di Matteo e foi o responsável por falar em nome do time em coletiva de imprensa na véspera do jogo. Embalado pela goleada sobre o Tottenham, domingo, e a classificação para a final da Copa da Inglaterra, o meia está duplamente preocupado.

Nossas estatísticas contra o Barça são boas, temos que confiar em nós mesmos. Temos que pressionar, mas o problema é onde pressionar. Isso quem vai dizer é o treinador. Temos que estar prontos para parar jogadores como Messi, Xavi, Iniesta… Se dermos espaços, será ainda mais perigoso.

Matteo seguiu a linha de raciocínio de seu homem de confiança. Questionado sobre como definiria o estilo de sua equipe, já que para muitos o Barça joga o “futebol arte”, o italiano simplificou as coisas, demonstrou respeito ao rival, mas usou os últimos bons resultados para se mostrar otimista.

Jogamos futebol. Assim que nos definimos. Temos um grande elenco, com jogadores experientes, e melhoramos muito nas últimas semanas. Ganhamos confiança. Precisamos de dois jogos perfeitos, e o que fizemos recentemente nos faz acreditar que é possível.

Para a partida, o Chelsea não terá o brasileiro David Luiz, com um problema muscular. Gary Cahill fará a dupla com Terry, enquanto Drogba e Fernando Torres disputam um lugar no ataque.

Guardiola: ‘Todos querem nos vencer’

No lado catalão, o clima também é de respeito. Ex-jogador do Arsenal, rival do Chelsea em Londres, Cesc Fábregas pediu atenção aos contra-ataques dos Blues e por inúmeras vezes elogiou Didier Drogba. Prevendo um confronto “muito difícil”, o meia pediu atenção para que os ingleses não sejam mortais nos contragolpes.

Tenho muitos exemplos de jogos pelo Arsenal onde dominávamos, tocávamos a bola, e no primeiro contra-ataque eles marcavam. O Drogba é um atacante muito perigoso, que segura bem a bola no ataque, encaixa bem nessa estratégia de lançamentos longos. Temos que estar muito atentos.

Atenção que Pep Guardiola também cobrou de seus comandados. O treinador acredita que, mesmo veteranos, os medalhões do Chelsea podem ser tão complicados como no “Iniestazo” e lembrou o retrospecto vitorioso dos últimos anos para justificar sua opinião.

É um time que mantém o espírito, a alma, que é o mais importante. É uma geração de jogadores únicos, que têm feito um trabalho de alto nível há quase uma década, com títulos e muitas boas participações na Champions. Estamos animados para enfrentá-los.

Sem desfalques, Guardiola poderá escalar o que tem de melhor para a partida, já que Gerard Piqué e Daniel Alves estão recuperados de suas lesões. Com isso, o treinador ganha opções para colocar dúvidas na cabeça dos rivais.

A partida de volta entre Chelsea e Barcelona acontece na próxima terça-feira, às 15h45m (de Brasília), no Camp Nou.

Messi tenta, nesta quarta, fazer seu primeiro gol sobre o Chelsea (Foto: Getty Images)

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