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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

A segunda paixão nacional

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27/04/2012 11h21 – Atualizado em 27/04/2012 11h21

Fonte: Brasil 247

O vôlei é o segundo esporte no coração do brasileiro, perdendo apenas para a paixão nacional pelo futebol. Mas as estrelas do nosso vôlei tiveram que suar muito pela alta estima e pelo respeito conquistados entre os ardorosos fãs do esporte e pelas quadras mundo afora. Uma jornada que chega, agora, ao seu ápice: pela primeira vez na história do vôlei nacional, as duas seleções têm chances claras de medalhas nos Jogos Olímpicos de Londres. O vôlei brasileiro, que já acumula três títulos olímpicos — Barcelona (1992) e Atenas (2004), com a seleção masculina, e Pequim (2008), com a seleção feminina –, é considerado o melhor do mundo e é um franco favorito ao ouro.

Até a década de 80, no entanto, a situação do esporte no cenário brasileiro não era das melhores. A equipe masculina oscilava entre o 15º e 5º lugares, já a feminina revezava entre a 6º e 8º colocação em campeonatos mundiais e Jogos Olímpicos. Mas esta situação mudou muito com a chamada geração de prata do vôlei masculino, equipe que deu passagem para a geração de ouro e os craques sob o comando de Bernardinho e José Roberto Guimarães.

Geração de Prata

A geração de prata foi um verdadeiro divisor de águas no vôlei brasileiro. Uma equipe formada por heróis do esporte como Bernard, Bernardinho, Montanaro, Xandó, Fernandão, William, Renan, Ruy, Marcos Vinícius, Domingos Maracanã e Amauri. Comandados por um dos melhores técnicos da história do vôlei, Bebeto de Feitas, formavam um time quase impossível de colocar defeitos. A história desta geração vencedora começou em 1981, ano em que a seleção conquistou o 3º lugar na Copa do Mundo de Vôlei, no Japão, e terminou com a prata nos Jogos de Los Angeles, em 1984.

A partir desta equipe, o Brasil não parou de lançar grandes jogadores. Muitos especialistas do esporte apontam que a derrota para os Estados Unidos, em Los Angeles, foi apenas um detalhe. A certeza de que a seleção masculina de vôlei daquela época havia conquistado um lugar cativo no coração dos torcedores viria com a partida contra a União Soviética, a melhor equipe da época, em pleno Maracanã, totalmente lotado.

Geração de Ouro

Com o enorme sucesso da geração de prata, o Brasil começou a ter equipes cada vez mais fortes, e a conquista do tão sonhado ouro olímpico não demoraria a acontecer. Um grupo de novatos, formado por Maurício, Carlão, Marcelo Negrão, Giovane, Paulão, Jorge Édson, Amauri, Janelson, Talmo, Tande, Pampa e Douglas, encantou todo o mundo nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Com a idade média de 24 anos, a seleção consolidou o vôlei como o segundo maior esporte no Brasil. A equipe era comandada por José Roberto Guimarães, atual técnico da seleção feminina de vôlei.

Na competição, o Brasil faturou a medalha de ouro de forma invicta, e com apenas três sets perdidos. A consagração veio na vitória sobre a Holanda por 3 a 0, com parciais de 15/12, 15/8 e 15/5. Um fato curioso é que aquela equipe havia começado a ser preparada em 1989, para colher os frutos apenas nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Em entrevista em 2007, comemorando os 15 anos da conquista, o autor do ponto do título, Marcelo Negrão, enalteceu a união da equipe. “Sinto saudades daquela equipe, da união que tínhamos. Estou contente por ter participado daquela geração de ouro”.

Foi também nos anos 90 que o vôlei feminino começou a ter destaque pelas vitórias nas quadras internacionais, quando Bernardinho assumiu o comando da seleção e conquistou um vice-campeonato mundial, um ouro no Grand Prix e uma prata na Copa do Mundo. A equipe brasileira era formada por grandes talentos como Ana Moser, Fernanda Venturini, Ana Paula, Márcia Fú, Fofão, Virna, Hilma e Leila. Nossas meninas do vôlei travavam grandes e nervosas disputas com a seleção cubana, até então a melhor do mundo.

Era Bernardinho e José Roberto Guimarães

Como um saque jornada nas estrelas, criado por Bernard, o vôlei brasileiro foi às nuvens, e nas alturas se firmou. Em 2001, Bernardinho trocou a seleção feminina pela masculina, e comandou uma das equipes mais vitoriosas da história do esporte mundial. Em um espaço de cinco anos, o Brasil disputou 20 campeonatos e venceu 16, sendo cinco títulos da Liga Mundial, dois campeonatos mundiais, uma copa do mundo, uma copa dos campeões e o ouro nas Olimpíadas de Atenas, em 2004. Giba foi o principal destaque desta geração, quase sempre titular em todas as conquistas da seleção. A era Bernardinho derrubou a supremacia das três maiores seleções do mundo: Estados Unidos, Rússia e a super campeã Itália.

Na seleção feminina, o vitorioso técnico José Roberto Guimarães teve a missão de renovar uma equipe já desgastada após a grande geração de Ana Moser, Virna e cia. Ele trouxe para o time brasileiro novos talentos como Mari, Sheilla, Paula Pequeno, Sássa, Carol Gattaz, Carol, Fabi, Fabiana, Arlene, Valeskinha e Jaqueline. Esta geração conquistou muitos títulos, mas foi rotulada como “amarelona” por fracassar na semifinal dos Jogos de Atenas, em 2004, no Mundial de 2006 e nos Jogos Pan-Americanos de 2007. Mas, nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, as meninas do Brasil alcançaram a consagração mundial ao faturar o inédito ouro olímpico.

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