13/07/2012 13h35 – Atualizado em 13/07/2012 13h35
Políticos do braço parlamentar do Conselho da Europa, que reúne 47 países, cobram medidas do presidente da entidade, Joseph Blatter, sobre suborno pago a Ricardo Teixeira e João Havelange; Blatter admitiu saber sobre propina de R$ 45 milhões ao então presidente da CBF e seu antecessor
Fonte: Brasil 247
Após ter admitido, nesta quinta-feira, que tinha conhecimento de um suborno de R$ 45 milhões pago ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e seu antecessor, João Havelange (leia mais), o presidente da Fifa, Joseph Blatter, recebeu um belo puxão de orelha dos políticos europeus. Membros do Conselho da Europa, que reúne 47 países, condenaram a entidade máxima do futebol por tentar acobertar o caso. Na defesa de Teixeira e Havelange, os advogados da Federação haviam dito que o suborno era considerado parte da renda para povos latinos e africanos e que tudo se tratava de uma questão de cultura.
O político francês François Rochebloine afirmou que se a Fifa estava ciente dos acontecimentos, deveria ter feito de tudo para processar, e não proteger, os funcionários envolvidos no escândalo. Rochebloine pediu também para que Blatter esclareça seus envolvimentos no caso na época em que era secretário-geral da Fifa. “Quando exatamente ele se tornou ciente desses pagamentos? Por que a Fifa escondeu irregularidades e deixou de agir contra os responsáveis? Acima de tudo, que medidas ela irá tomar agora para evitar que isso se repita?”, questionou.
O pagamento de suborno foi tornado público após a Justiça da Suíça ter divulgado documentos que comprovavam as operações, na última quarta-feira, envolvendo a extinta empresa de marketing esportivo ISL, que havia sido encarregada pela Fifa de negociar os direitos de transmissão de eventos da Copa do Mundo. Apesar de Havelange ainda ocupar o cargo de presidente honorário da Fifa, Joseph Blatter disse não ter “o poder de chamá-lo a se explicar”.
