25/04/2013 18h44 – Atualizado em 25/04/2013 18h44
Por Rosildo Barcellos
Nem tudo é como você quer
Nem tudo pode ser perfeito
Pode ser fácil se você
Ver o mundo de outro jeito (..)
A composição de Alvin e Dinho Ouro Preto, traz em seu bojo todo o cerne deste artigo e não olhar pra trás, que é o título da música nos transporta a exemplos de separações cheias de situações problemáticas e não afetivas. Uma separação traz influências incomensuráveis ao casal,claro mas principalmente aos filhos que desfrutam das brigas e desavenças e principalmente do que logo após a separação é o que mais ocorre que é a alienação parental. Entrementes já está em vigor a Lei nº 12.318, que dispõe justamente sobre a alienação parental.
Na prática, a norma abre espaço para a punição de pais e/ou mães que tentam colocar seus filhos contra o ex-marido e ex-esposa. A lei preconiza que a alienação parental é observada quando há “interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Para tanto se for verificada a veracidade das argumentações, o juiz poderá “ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado, estipular multa ao alienador, determinar acompanhamento psicológico ou determinar a alteração da guarda do menor.
Como a guarda na maioria dos casos é passada a mãe fica essa lacuna na vida dos filhos.inclusive com falsas denúncias; um exemplo disso é que na CPI da pedofilia depois de uma investigação apurada, percebeu-se que uma razoável parte das denúncias eram infundadas, mas levadas adiante justamente pela alienação parental,sustentada pela mãe com intuito de prejudicar a relação da filha com o seu pai. Faço questão de observar,neste exemplo, que é da singularidade do pai ensinar a sua prole o significado dos limites e o valor da autoridade, da moral e do civismo além das dogmas e paradigmas que cada “sobrenome” carrega.
Pertence ao pai nesse momento especial fazer compreender que a vida não é só aconchego, mas também estudo, trabalho e doação; que não há apenas sucesso, mas também pedras na estrada e que não há tão somente ganhos, mas também perdas e que devemos saber a melhor forma de lidarmos com essa situação. E como diz outro trecho da música em tela – se não faz sentido discorde comigo,não há nada demais; são águas passadas, escolha uma estrada e … não olhe pra trás. Posso afirmar que não tem medida os problemas que ficam com os filhos após uma separação de seus pais, ainda mais se for com brigas e desentendimentos. Devemos não olhar para trás para não tornar novos os problemas passados. Há um futuro que está em construção neste instante. Minha tristeza é precisar de uma lei para dizer que algo está errado naquele ambiente familiar. Algo que para mim seria apenas uma regra de convivência entre duas pessoas que se amaram um dia.
Rosildo Barcellos é articulista