04/07/2013 22h47 – Atualizado em 04/07/2013 22h47
Padrão FIFA
Por R. Ney Magalhães
Padrão FIFA, que ignora os problemas de saúde, educação, segurança e mobilidade das pessoas e da produção nacional, esbanjando milhões de dólares em obras de estádios de futebol tem o estilo comportamental nos mesmos moldes desse Governo que está sendo repudiado pela população brasileira.
Passaram-se dez anos e o assassinato do próprio companheiro deles o Prefeito Celso Daniel continua sem solução.
O Mensalão, comentam que foi um instrumento criado no primeiro governo estadual desse partido que usa indevidamente o nome dos trabalhadores.
Infelizmente aqui no MS quando um secretário importado do Paraná fechou o DERSUL que tratava das rodovias, e instituiu o FUNDERSUL para cobrar um novo Imposto, coincidiu com a adesão e apoio dos dois terços dos Deputados necessários para a governabilidade pretendida.
O então governador que fora eleito com apenas um deputado do seu partido, logo conquistou a maioria e reinou absoluto durante o mandato.
Um deputado embriagado pelo Poder deu com a língua nos dentes e o jornalista Passaia gravou, mas somente os peixes miúdos da prefeitura e da câmara de Dourados pagaram o pato.
O deputado da língua solta saiu de cena apenas pelo voto popular. Os demais citados dos três poderes ficaram na moita, já dizia Adoniran Barbosa, “malandro não estrila”, e nem dá murro em ponta de faca.
A corrupção no MS passou a ser chamada de “mensalinho”, e ninguém mais tocou no assunto.
O Supremo condenou alguns réus do mensalão lá de cima.
Muitos deles continuam circulando de jatinho, sendo filmados em locais de veraneio, e outros discursando e fazendo leis na Câmara Federal. O “fair play” do padrão FIFA.
O Povo se encheu e foi para as ruas tendo como bandeira os 20 centavos de aumento nas passagens.
Assistindo e aplaudindo a Revolução dos Centavos, o movimento me faz lembrar da Revolução das Panelas, quando em 1964 faltou comida e as prateleiras dos supermercados permaneciam vazias o povo se revoltou e foi para as ruas. Graças ao agronegócio a alimentação agora é farta e barata.
Na verdade o que revolta a todos nós é a corrupção sem punição e a má qualidade dos serviços públicos essenciais. Usando o módulo ilusionista do atual governo, Saúde Zero, Educação Zero, Segurança e Mobilidade idem, são os motivos principais da insatisfação generalizada.
Nós do MS vivemos e respiramos a agropecuária, de onde nascem as riquezas.
A balança comercial brasileira também comprovadamente se mantém equilibrada nos últimos anos pelo bom desempenho do agronegócio.
Apesar disso, os governantes violam o Direito de Propriedade da Terra rasgando a Constituição quando não cumprem os Mandatos judiciais.
Quando cidadãos Índios, alfabetizados e devidamente assessorados por advogados e teólogos de religiões diversas rasgam decisões judiciais, agridem a Imprensa e ameaçam os policiais que tentam cumprir a Lei é chegado o momento da ação governamental.
Os Juízes foram corretos em ampliar os prazos. Agora basta, cumpre-se a Constituição ou decreta-se a ingovernabilidade do Brasil.
Esses episódios me transportam mais uma vez para a época em que faltou alimento nas panelas, quando João Goulart assustado com as manifestações das Ruas tomou o rumo oriental e formou-se uma Junta Governativa civil.
Imediatamente em 1964 quando o General Mourão Filho, atento às convulsões sociais comprovou a ingovernabilidade, cumpriu com a responsabilidade constitucional de Comandante do Exercito e salvou a pátria de uma guerra civil.
A interferência e ingerência do Executivo nas decisões Legislativas e Judiciárias estão pesando mais que os centavos das passagens.
Chega de “fair play”, o povo quer ver os condenados na cadeia.
Produtor Rural-77 anos