02/08/2014 09h33 – Atualizado em 02/08/2014 09h33
Fetems participa de ato público em solidariedade às vítimas da ofensiva de Israel em Corumbá
Fonte: Fetems
Em apoio à comunidade árabe-palestina de Mato Grosso do Sul, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) participou na última terça-feira (29), do ato público em solidariedade às vítimas da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza. A mobilização aconteceu no Jardim da Independência, em Corumbá – cidade a 444 quilômetros de Campo Grande, onde foram lidos manifestos pedindo o fim dos ataques de Israel, iniciados em 8 de julho e que até agora já matou mais de 1.100 palestinos, muitos deles civis, e deixou cerca de 6.200 feridos, segundo informam agências internacionais.
Representando a entidade, a delegada de base da CNTE e secretária de Formação do Simted de Campo Grande, Idalina da Silva, conta que foi muito emocionante participar da ação junto à comunidade pedindo pela paz na região. “A participação das crianças, pedindo paz, na língua deles, foi muito emocionante. Ver pessoas tão pequenas pedindo o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza”, diz.
Ela lembra, ainda emocionada, que uma menininha palestina pontuou não ser justo ver essa guerra. “Ela falava que queria que a guerra acabasse porque tem crianças, da idade dela, sendo mortas, escolas sendo destruídas”, afirmou.
Ação
O ato público foi organizado pela Sociedade Árabe-Palestino-Brasileira de Corumbá e pelo Comitê 29 de Novembro de Solidariedade ao Povo Palestino e terminou com uma passeata pelas ruas centrais da cidade. A comunidade árabe-palestina de Corumbá reúne cerca de 300 pessoas.
Munther Safa, presidente da Sociedade Árabe-Palestina de Corumbá, disse num breve discurso que o ato público teve o intuito de mostrar de forma ordeira que o que vem ocorrendo nessas três semanas na Faixa de Gaza é um “massacre sem limites contra o povo palestino”. Do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino em nível estadual, Ahmad Schabib Hany, pontuou que está diante de nós a decisão se queremos: o progresso (no sentido mais
amplo) ou a barbárie. “Do lado oposto, a opção deles já está clara, tamanha a destruição, o massacre e a opressão por onde andam, disseminando a morte, o pânico e a paz”, afirmou.
Por tudo isso, conta, que 27 anos depois de haverem constituído no Coração do Pantanal o Comitê 29 de Novembro de Solidariedade ao Povo Palestino, estão empreendendo uma nova articulação, cujo objetivo é conseguir uma abrangência estadual para as atividades de solidariedade e articulação política de caráter internacionalista e pela paz mundial.
No coreto do Jardim da Independência, cartazes, faixas e fotos relatavam o cotidiano das vítimas dos bombardeios na Faixa de Gaza.
A Faixa de Gaza
A Faixa de Gaza está situada no Oriente Médio, a sudeste do Mar Mediterrâneo, tem 45 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura, sendo limitada ao norte e a leste por Israel e ao sul pelo Egito. É um dos territórios mais densamente povoados do planeta, com uma população estimada, em julho de 2008, em 1,5 milhões de habitantes para uma área total de 360 km². Sua denominação deriva do nome da principal cidade na região, Gaza. O território não é reconhecido internacionalmente como pertencente a um país soberano. Com informações do Senado Federal.