03/09/2014 15h02 – Atualizado em 03/09/2014 15h02
Por R. Ney Magalhães
A insatisfação do Povo com os políticos atualmente com Mandatos, de todos os naipes e categorias, de todos os Partidos e de todos os quadrantes do País foi marcada por manifestações de PROTESTOS como aperitivo da desastrosa Copa do Mundo de Futebol.
Ônibus queimados era a revanche popular pela calamitosa situação da mobilidade urbana.
O quebra-quebra de Lojas, depredação de Bancos e Prédios Públicos completavam o elenco dos motivos da revolta popular, pela falta de atendimento humano nas áreas de Saúde e Segurança principalmente.
No entanto, no âmago dos corações de todos aqueles cidadãos amargurados e naturalmente também de todos os brasileiros o motivo principal que levou as multidões às Ruas foi a CORRUPÇÃO sem limites, diariamente exposta na mídia nacional envolvendo a classe política e as empreiteiras de obras do Governo.
“Toma lá dá cá”, quer dizer que o parlamentar vota as matérias de interesse do governo quando recebe algo em troca, uma vergonha nacional.
E como o Brasil não é mais o País do Futebol resta-nos apelar para a sabia composição carnavalesca: “Se gritar PEGA LADRÃO, não fica um meu irmão”.
Esse Mensalão denunciado foi julgado pelo STF que condenou até próceres do Poder.
A cúpula do partido governista foi presa no Presídio da Papuda em Brasília.
Após alguns dias de aplausos populares o Presidente do Supremo Tribunal Federal, autor da façanha de condenar poderosos de colarinho branco, um fato inédito na Historia contemporânea, inesperadamente pediu demissão daquela mais alta corte de justiça do estado Brasileiro. Renunciou extemporaneamente, frustrando milhões de cidadãos, deixando a Nação órfã e carente.
Porque “renunciou”?
A historia já distante do suicídio do Presidente Vargas em 1954 na época de minha adolescência quando eu “servia” ao Exercito, e depois a renuncia do Presidente Janio Quadros, que já como cidadão pai de família foram capítulos que vivenciei como casos mal explicados e nunca desvendados totalmente. Acompanhei ainda pela Imprensa o acidente trágico que matou o ex Presidente Juscelino Kubischeck de OIliveira, mais um fato pouco esclarecido, quando seu prestigio continuava em alta e poderia voltar ao Governo. Capítulos políticos sem explicações.
Neste momento crucial de recessão econômica, com PIB negativo e com a alta da inflação já alarmando a sociedade, esta renuncia do Dr. Joaquim Barbosa nos remete ao passado nebuloso das “forças ocultas” denunciadas naqueles episódios. O que de fato verdadeiramente aconteceu para que ele se afastasse de seu cargo?
Eis que caiu o avião com os “NOVE POR CENTO” de votos nordestinos, quando fatalmente somados aos do Tucano Aécio Neves adversário, levariam a eleição para um segundo turno, ameaçando a continuidade do poder petista.
Aconteceu então a “encrenca inesperada!
A acreana Marina, de origem pobre, que conseguiu estudar em Colégio de freiras lavando roupas e esfregando o chão até tornar-se uma ferrenha defensora da Ecologia e do meio Ambiente quando alcançou o respeito nacional assumiu a candidatura à Presidência.
Quando ex-petista e ex ministra no governo Lula, Marina disputou espaços com a Dilma ex PDT, perdeu todos os impasses e abandonou o PT.
Agora é a candidata a Presidência pelo PSB.
E afirma que quer ser PresidentE da Republica por apenas um Mandato, e não PresidentA como a atual, começando com essa expressão a respeitar pelo menos a língua portuguesa e ainda promovendo a idéia da reforma política.
O alto índice que vem alcançando nas Pesquisas ninguém esperava, e a encrenca está formada.
Lula e o PT estão apavorados e seus seguidores principalmente do PMDB adesista começam a abandonar o barco e se aproximam dos Tucanos, prováveis companheiros de Marina no segundo turno, quem viver verá.
E assim se desenha para outubro o MUDA BRASIL, que iniciado nas Manifestações das Ruas, finaliza-se com a grande maioria dos atuais mandatos sendo cassados pelo voto popular.
R. Ney Magalhães é ex militante político na área sindical rural e produtor rural em Amambaí.
